Os números da inadimplência entre as indústrias cresceram consideravelmente em 2015. Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), publicado em agosto, houve um crescimento de 9,57% do número de empresas com contas atrasadas por mais de 90 dias. Outro levantamento, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontou que em 2014 36,9% das empresas estavam no limite ou acima do limite de endividamento, a maior alta do indicador desde julho de 2013.
Este cenário reflete a dificuldade dos empresários em quitar suas dívidas, situação ocasionada pelo aumento da restrição de crédito e diminuição da potência da economia, motivada pelo crescimento da inflação e das taxas de juros.
Neste momento de incertezas e dificuldades, o planejamento financeiro mostra-se como ferramenta essencial para manter a “saúde” das empresas. Segundo Tiago Pimentel, consultor empresarial da Saffi Consultoria, com planejamento é possível diagnosticar os erros, evitar o endividamento da empresa e sair do vermelho. “Para progredir em longo prazo, as empresas necessitam traçar metas, programar as ações e projetar os resultados”, explica Pimentel.
Para ter controle sobre a segurança financeira do negócio, explica o especialista, é necessário aplicar uma metodologia capaz de gerar informações de qualidade e em tempo hábil, para tomar as decisões com segurança.
Com o planejamento financeiro, o empresário consegue acompanhar as entradas e saídas, saber se existem sobras de recursos e diagnosticar possíveis falhas, melhorando o gerenciamento das ações. “O planejamento oferece diversas ferramentas para o empresário capazes de reconhecer o cenário do mercado de atuação, indicando os caminhos possíveis para viabilizar as metas e embasar as tomadas de decisões”, ressalta Pimentel.
Além disso, a ação de planejamento financeiro necessita observar não apenas as finanças da empresa e o mercado de atuação, mas também todas as etapas dos processos dentro da organização, a fim de pontuar falhas que promovem perdas de recurso. “É preciso analisar a empresa como um todo, para que toda e qualquer falha possa ser diagnosticada e corrigida”, finaliza Pimentel.
Fonte: Portal Administradores