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CPMF tem custo, mas é necessária, diz ministro do Planejamento

Governo se articula para aprovação da nova CPMF

19/10/2015 16:55

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CPMF tem custo, mas é necessária, diz ministro do Planejamento

CPMF tem custo, mas é necessária, diz ministro do Planejamento

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou nesta segunda-feira (19) que o governo conta com a aprovação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para o acerto e reequilíbrio das contas públicas.

Segundo ele, a CPMF  "é uma medida necessária para recuperar a receita do governo enquanto nós estamos trabalhando em reformas estruturais do lado do gasto obrigatório".

Barbosa esteve nesta segunda na sede do Instituto Lula, em São Paulo, para apresentar a lideranças do PT as ações do governo para a retomada do equilíbrio fiscal. O partido tem feito criticas diretas à política econômica do governo Dilma Rousseff.

Segundo o ministro, a CPMF "é uma medida que tem um custo", mas "necessária, não só para 2016 como também para 2017, 2018 e 2019", enquanto o governo trabalha em reformas estruturais como a reforma da Previdência.

"É o plano do governo, nós contamos com isso e estamos trabalhando junto ao Congresso para a aprovação", destacou.

No domingo, Dilma defendeu na Suécia a recriação da CPMF, dizendo que o tributo é "crucial para o país voltar a crescer".

Proposta de retorno da CPMF
A proposta de retorno da CPMF foi anunciada pela equipe econômica em meados de setembro, como uma forma de tentar reequilibrar o orçamento de 2016 - que foi enviado inicialmente com estimativa, inédita, de déficit. Depois, no meio de setembro, recuou e anunciou um pacote de alta de tributos, contemplando a proposta de retorno da CPMF, e bloqueio de gastos, para buscar um superávit de R$ 43,8 bilhões, ou 0,7% do PIB, para o ano que vem.

A CPMF foi um tributo que existiu até 2007 para cobrir gastos do governo federal com projetos de saúde. Agora, o governo propõe cobrar uma alíquota de 0,2% sobre todas as transações bancárias de pessoas físicas e empresas para ajudar a cobrir o rombo da Previdência Social.

Retomada do crescimento
O ministro do Planejamento afirmou ainda que o governo busca, dentro do "espaço fiscal", alavancar os investimentos para alcançar a retomada do crescimento econômico. Barbosa citou como exemplo o programa Minha Casa Minha Vida. Segundo ele, mais de 1,5 milhão de casas já foram contratadas para serem construídas por meio do programa, o que pode contribuir para o crescimento no próximo ano.

Em relação às críticas do PT à política econômica do governo, Barbosa diz que "faz parte ouvir todas as pessoas" e que "o PT, o presidente Lula e as lideranças (que estiveram presentes no evento) também representam uma parte importante da população", e que ouviu as críticas e sugestões.

"Estamos trabalhando para a retomada do crescimento puxada pelo investimento. O primeiro passo para isso é estabilizar a situação macroeconômica, tem uma perspectiva de estabilidade da taxa de câmbio, da taxa de inflação e da taxa de juros. Isso dá maior previsibilidade para que as pessoas possam fazer planos de longo prazo", disse o ministro. "Uma recuperação sustentável dos investimentos exige um cenário menos incerto a longo prazo", acrescentou.

Sem decisão sobre revisão da meta fiscal de 2015
Sobre uma eventul  revisão da meta do superávit em 2015, Barbosa disse que o governo está avaliando junto ao Congresso e vai se pronunciar no próximo decreto sobre a que trata sobre a questão.

"Foram feitos vários cenários, estamos agora avaliando estes cenários e vamos, se houver necessidade de alguma alteração, informar ao Congresso, mas não tem nenhuma decisão sobre este tema neste momento", afirmou.

Tahiane Stochero 

Fonte: Globo.com

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