Puxada pelas altas de 4,7% no preço da gasolina, e de 12,53% no custo do etanol, a prévia da inflação oficial acelerou para 0,85% em novembro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa para meses de novembro desde 2010, quando ficou em 0,86%.
No ano, o indicador acumula alta taxa de 9,42%. No mesmo período de 2014, o IPCA-15 ficou em 5,63%.
Em 12 meses, o índice ultrapassou a marca dos dois dígitos, e alcançou 10,28%. Nos 12 meses anteriores, a taxa era de 9,77%. "Desde novembro de 2003, com os 12 meses em 12,69%, não havia registro de taxa mais elevada", diz o IBGE em nota.
Combustíveis
Os combustíveis foram o principal destaque de alta em novembro, subindo 5,89% no mês e puxando a inflação dos transportes a 1,45%. O item foi responsável por 35% do IPCA-15 de novembro, de acordo com a pesquisa.
Só em outubro e novembro, a gasolina acumula alta de 6,48% nas bombas – consequência da alta de 6% nas refinarias, depois que a Petrobras promoveu reajuste, em 30 de setembro.
O levantamento mostrou ainda que os transportes foram influenciados também pelas tarifas dos ônibus urbanos, com alta de 0,76%, tendo em vista as variações registradas em Belo Horizonte (5,77%), onde, a partir do dia 25 de outubro, o reajuste de 9,68% voltou a ser aplicado; Brasília (5,26%), onde as tarifas foram reajustadas em 33,34% desde 20 de setembro; e Fortaleza (2,92%), cujo reajuste de 14,58% passou a vigorar em 7 de novembro.
Fonte: G1