x

IPOs: aquecimento deste mercado requer maior gestão de pessoas

20/04/2011 20:36

  • compartilhe no facebook
  • compartilhe no twitter
  • compartilhe no linkedin
  • compartilhe no whatsapp
IPOs: aquecimento deste mercado requer maior gestão de pessoas

Uma pesquisa global da Ernst & Young mostra que o ano começou com 193 operações de abertura de capital em todo o mundo. Diante deste forte movimento as empresas não devem esquecer o seu ativo de maior valor: as pessoas. Leia mais!

A abertura de capital ou IPOs (Initial Public Offering), já registra no começo deste ano um volume considerado alto. Segundo o relatório Global IPO trends report 2011, da Ernst & Young, de janeiro e fevereiro, foram realizadas no mundo 193 operações de abertura de capital, que responderam por um volume de US$ 25,3 bilhões.

O crescimento dos mercados emergentes teve participação decisiva neste quadro, sobretudo em privatizações, operações locais de empresas multinacionais nos setores de commodities, infraestrutura e tecnologia.

No Brasil, ocorreram quatro IPOs no mesmo período e a despeito da inflação crescente, são esperadas 30 operações com captação média de US$ 500 milhões em setores como varejo, petróleo, gás e mineração.

Segundo Paulo Sérgio Dortas, sócio da Ernst & Young Terco para a área de IPOs, os IPOs realizados e o interesse robusto dos fundos de private equity apontam para um cenário de liquidez importante no mercado mundial. Ele explica que no Brasil, o movimento de abertura de capital ocorre especialmente em setores voltados ao mercado interno, devido ao alto consumo doméstico.

Para Dortas, o empresariado brasileiro cada vez mais se conscientiza de que acessar a Bolsa é uma maneira de alavancar o crescimento de seu negócio.

A avaliação geral é de que a turbulência política que afetou alguns países do mundo árabe, até o momento, não minou o interesse aguçado dos investidores, que é constatado no reporte global de IPOs compilado pela Ernst & Young.

O cenário nos EUA também dá sinais de melhora no comparativo com os dois últimos anos, aponta o estudo. No primeiro bimestre de 2011, foram 26 operações no montante de US$ 9 bilhões.

Até o término de fevereiro, a listagem dos próximos IPOs continha 150 companhias, com expectativa de levantar US$ 24 bilhões. A relação possui empresas respaldadas por fundos de private equity e venture capital, empresas de rápido crescimento nos setores imobiliário, de tecnologia e de saúde.

Outros destaques são empresas baseadas na China, spin-offs de grandes corporações e firmas americanas respaldadas pelo “Troubled Asset Relief Program” do governo dos EUA.

Celebrado neste ano, o IPO da companhia energética Kinder Morgan, no valor de US$ 3,3 bilhões, foi a maior abertura de capital respaldada por um fundo de private equity na história dos EUA – e sinaliza a tendência de novas ofertas neste modelo.

Transparência na gestão da abertura de capital

Apesar do forte aquecimento das empresas na abertura de capital, além dos lucros e do valor de mercado, as organizações não devem perder de vista as pessoas – parte fundamental neste contexto.

Todas as mudanças que ocorrem quando uma empresa ingressa no processo de IPO, sejam estas mudanças culturais ou estruturais, atingem diretamente as pessoas e requerem da área que faz a gestão de pessoas uma atenção especial e um trabalho de comunicação profundo.

Entre os focos que esta área deve ter, destaca-se o processo de mudança cultural da organização, clarificando para as pessoas o caminho desta mudança; acompanhamento da transição desta mudança; e uma comunicação exaustiva de cada ação referente a esta mudança.

Uma pesquisa realizada por uma equipe da universidade de Stanford mostra que o grau em que a empresa valoriza seus recursos quando abre capital, impacta diretamente em sua sobrevivência.

Segundo o estudo, o compartilhamento de informações entre as pessoas da organização dobra a possibilidade de sobrevivência de uma empresa que abriu seu capital. Se os funcionários participam da contratação de seus futuros colegas de trabalho (para que se encaixem na cultura da empresa), a possibilidade de sobrevivência triplica.

Já empresas fundadas sob um modelo de "participação" têm 12 vezes mais possibilidade de abrir seu capital. Os dados mostram que nenhuma das empresas fundadas sob um modelo de compromisso faliu durante o período de cinco anos do estudo.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Ernst & Young e do Portal HSM.



Fonte: Portal HSM

Leia mais sobre

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

ARTICULISTAS CONTÁBEIS

VER TODOS

O Portal Contábeis se isenta de quaisquer responsabilidades civis sobre eventuais discussões dos usuários ou visitantes deste site, nos termos da lei no 5.250/67 e artigos 927 e 931 ambos do novo código civil brasileiro.