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Mais maleáveis, micros e pequenas empresas demitem menos

O ritmo de fechamento de postos de trabalho nas micros e pequenas empresas do Brasil diminuiu no mês de abril em comparação com março, aponta levantamento do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) baseado em dados do CAGED.

15/06/2016 08:27

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Mais maleáveis, micros e pequenas empresas demitem menos

Mais maleáveis, micros e pequenas empresas demitem menos

O ritmo de fechamento de postos de trabalho nas micros e pequenas empresas do Brasil diminuiu no mês de abril em comparação com março, aponta levantamento do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) baseado em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Para o consultor do Sebrae Rubens Negrão, essas empresas têm maior facilidade para se adaptar a novas realidades, mas o quadro de funcionários enxuto também segura as demissões.

Segundo informações do Sebrae, em abril, as micros e pequenas empresas demitiram 10,5 mil pessoas a mais do que contrataram em todo o País. O número é quase quatro vezes menor que o registrado em março, que teve 46,9 mil postos de trabalho fechados. Ainda de acordo com o levantamento da entidade, as demissões nas médias e grandes empresas foram cinco vezes maiores em abril: 54,6 mil postos de trabalho fechados. O Sebrae não tem os números setorizados por municípios.

As micros e pequenas representam quase 98% do total de empresas no Brasil e são responsáveis por cerca de 55% a 60% dos postos de trabalho formais no País. "São empresas bem enxutas, com poucos funcionários e de perfil bastante familiar", descreve Negrão.

Com esse perfil, não têm muitas alternativas de cortar custos com demissões, o que pode explicar, em parte, o motivo da redução das demissões. "Com o cenário atual, há uma tendência de impacto alto nos primeiros meses e, nos outros, de reajustes, mantendo as pessoas fundamentais para a empresa funcionar", diz.

Negrão também ressalta que a estrutura das micros e pequenas empresas, menos departamentalizadas que as médias e grandes, as tornam mais versáteis e, normalmente, têm funcionários que sabem fazer um pouco de tudo. "Se a parte da produção está indo devagar, o empresário consegue remanejar a equipe para focar no comercial, tentando reduzir as demissões", explica.

Elas ainda são descritas por Negrão como mais flexíveis nas tomadas de decisões, o que as tornam mais adaptáveis à realidade, reduzindo o impacto da crise econômica no segmento.

Para o consultor do Sebrae, os altos números de demissão nas micros e pequenas devem ter encerrado, mas ainda deve demorar para as contratações serem retomadas. Isso ocorre porque, após reduzir o quadro, os processos são revisados para tornarem-se mais funcionais, aumentando a produtividade com menos trabalhadores. Após isso, novos funcionários só serão chamados quando a demanda ficar maior que a oferta.

Fonte: Folha de Londrina

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