De acordo com o levantamento, que é feito a cada três meses, junho de 2016 registrou 108,5 pontos (1,9% acima da última marcação, em março). Essa pontuação é a maior registrada desde que começou a série histórica, em março de 1999.
Até então, o maior nível de receio por desemprego que o levantamento já havia constatado foi em julho de 1999. “Em meio à crise de desvalorização do real”, conforme contextualiza a CNI.
A marca atingida em junho deste ano também é 4,2% maior do que a conferida no mesmo período de 2015.
Mais do que o simples medo de ficar desempregado, a economista da CNI, Maria Carolina Marques, explica que essa sensação do brasileiro pode afetar a recuperação da economia.
“Uma pessoa com medo de perder o emprego procura guardar dinheiro para se sustentar em caso de demissão e adiar as compras, principalmente as de bens de maior valor, que demandam financiamento”, afirma. “Isso deprime a demanda e acaba prolongando a crise econômica“, prossegue.
Índice
Para produzir o Índice de Medo do Desemprego, a confederação realizou pesquisa com 2.002 entrevistados, de 141 cidades, entre os dias 24 e 27 de junho.
Satisfação
Por outro lado, o índice de satisfação com a vida, também apurado pela CNI, apontou pequeno crescimento. Em junho deste ano, foram computados 93,1 pontos, contra 92,4 pontos de março.
As duas marcas, entretanto, são as duas mais baixas em toda a série histórica, também desde 1999.
“O índice teve uma pequena reação, mas não recuperou a forte retração de 2,8% registrada no trimestre anterior”, destaca Maria Carolina.
Fonte: Grupo Skill