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Brasileiro conhece pelo menos seis desempregados

O número de conhecidos desempregados passa de sete entre as classes de menor renda, D e E, e na região Sudeste do país

06/10/2016 08:15

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Brasileiro conhece pelo menos seis desempregados

Cada brasileiro tem contato hoje com mais de seis pessoas que estãodesempregadas, entre parentes, amigos e conhecidos. Essa é a maior marca em mais de seis anos, quando a agência de pesquisas Ipsos começou a apurar o Índice Nacional de Confiança do Consumidor (INC) a pedido da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em janeiro de 2010.

O número de conhecidos desempregados passa de sete entre as classes de menor renda, D e E, e na região Sudeste do país, que concentra boa parte da indústria, que foi muito afetada pela crise.

"Esse é o índice de desemprego que o próprio cidadão comum faz", observa o economista da ACSP, Emílio Alfieri. Ele pondera que o resultado é coerente com o número recorde de desempregados que chega a 12 milhões de trabalhadores no país.

Um resultado tão negativo, que supera de longe o de setembro do ano passado, quando cada cidadão conhecia um pouco mais do que quatro desempregados, mantém a insegurança em relação ao emprego em níveis elevados.

De acordo com a pesquisa, que ouviu 1.200 pessoas em todas as regiões do Brasil na primeira quinzena do mês passado, 52% deles se declararam inseguros com o seu emprego e de seus familiares comparado com seis meses atrás. Essa é a mesma marca registrada em agosto deste ano.

COMPRAS

A realidade do desemprego entre amigos e conhecidos e o temor de perder o emprego ampliam a cautela nas intenções de compras.

Em setembro, 64% dos entrevistados se declararam pouco à vontade em relação a seis meses atrás de levar para casa produtos de valor elevado, como geladeira, fogão ou lavadora, e 69% não estavam dispostos a assumir financiamentos para adquirir casa ou carro.

A cautela nas compras também apareceu no resultado de vendas de setembro na cidade de São Paulo. No mês passado, entre as consultas para vendas a prazo e à vista, o volume de negócios foi 7,8% menor comparado com o de setembro do ano passado.

Apesar da retração, o economista da ACSP pondera que a queda é menor do que a acumulada no primeiro semestre, de 11,1% , e também a acumulada no ano, de 9,9%. "O ritmo de retração das vendas está se reduzindo mês a mês", observa.

Parte dessa desaceleração ocorre por causa da base de comparação fraca, que é setembro do ano passado. Outra parte ocorre porque, apesar de o cenário atual da economia ainda ser ruim, a confiança do brasileiro está melhorando por conta das expectativas mais favoráveis em relação ao futuro.

Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO

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