A Bovespa fechou em queda nesta quarta-feira (19), após subir nas quatro sessões anteriores e superar mais cedo os 64 mil pontos pela primeira vez desde 2012.
O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, recuou 0,43%, a 63.505 pontos, após ter fechado na véspera no maior patamar desde abril de 2012.
Já o dólar fechou o dia em queda de 0,44%, a R$ 3,169.
O Banco Central decidiu nesta quarta-feira cortar a taxa de juros básicos da economia pela 1ª vez em 4 anos, confirmando as previsões do mercado. O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu baixar os juros básicos da economia de 14,25% ao ano para 14% ao ano.
Prisão de Cunha
Segundo a agência Reuters, a mudança de rumo durante a sessão ocorreu em meio a cautela de operadores após a prisão preventiva do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e receios em relação a uma eventual delação premiada que possa envolver membros do alto escalão do governo do presidente Michel Temer.
"Ainda é uma ideia preliminar (a possibilidade de uma delação), mas é um risco que o mercado precifica e prefere não correr", disse à Reuters o analista de uma corretora nacional.
A sequência recente de altas do Ibovespa também abriu espaço para correção, segundo operadores. No mês até a véspera, o índice acumulava ganhos de 9%, tendo caído em apenas dois pregões no mês.
Destaques do dia
Perto do fechamento, as ações preferenciais da Petrobras subiam 0,98%, em meio a uma série de notícias otimistas sobre a gestão da companhia e à recente alta nos preços do petróleo, segundo a Reuters, o que levou o papel preferencial da empresa a acumular alta de 28% no mês até a véspera.
BMF&Bovespa e Kroton lideraram as altas do dia, com avanço de cerca de 2%.
Corte de juros
O mercado seguia à espera da decisão do Banco Central sobre a taxa básica de juros, que conforme o esperado, cortou os juros pela primeira vez em 4 anos.
Os investidores têm avaliado que a redução da taxa de juros é um sinal de que a economia está exibindo melhora e, nesse cenário, tende a trazer investidores estrangeiros para o mercado brasileiro.
Na semana passada, o fluxo cambial ficou positivo em R$ 623 milhões, elevando o acumulado no mês até 14 de outubro a R$ 1,15 bilhão de entradas.
Dados da BMF&Bovespa mostram que o ingresso líquido de capital estrangeiro na bolsa somou R$ 2,82 bilhões na parcial de outubro, até o dia 17, após retiradas (embolso de lucros) de R$ 2,24 bilhões em agosto e de R$ 1,96 bilhão em setembro. Entre janeiro e julho, a entrada líquida de recursos do exterior está em R$ 15,87 bilhões.
Fonte: G1 - São Paulo