Atualmente o gastos com o INSS representam 42% da receita líquida da União. Sem uma reforma, essa porcentagem pode chegar a 87.
Se isso acontecer, segundo o economista Paulo Tafner, “o Estado vai funcionar quase que exclusivamente para pagar pensões e aposentadorias”. Ele ainda diz que, mesmo sem uma reforma completa, é preciso que algumas regras sejam alteradas para “frear os gastos”.
Conta salgada
Para se ter noção dos altos gastos que o país possui, apenas as pensões por morte somam R$ 106 bilhões. Esse montante equivale a todo o gasto com saúde, por exemplo.
A aposentadoria rural por idade, por sua vez, consome R$ 66 bilhões. O valor é 50 vezes maior do que o que é investido em saneamento. Já a aposentadoria urbana por idade custa R$ 51 bilhões – sete vezes o gasto do programa Minha Casa Minha Vida.
Por conta desse cenário, o governo tenta conclui o projeto de reforma o quanto antes. Segundo Alexandre Parola, porta-voz da Presidência, o presidente Michel Temer deseja encaminhar o tema para analise ainda em 2016. “O presidente da República ressalta que decidido está que o projeto da reforma da Previdência será enviado ao Congresso ainda este ano”, garante.
Entretanto, Parola diz que a reforma só será encaminhada após um “amplo diálogo” com trabalhadores, empresários e lideranças políticas.
Fonte: Grupo Skill