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Economia

A recuperação do varejo segue em ritmo lento

Reação efetiva é esperada em meados de 2017, em um cenário de queda dos juros mais intensa e de menor inflação

11/11/2016 09:14

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A recuperação do varejo segue em ritmo lento

As vendas do varejo mostram, em geral, sinais de arrefecimento da contração, embora a um ritmo bastante lento, em virtude da fraqueza da base de comparação com o ano anterior e da melhora da confiança do consumidor, principalmente no futuro.

Análise dos economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) apontam que a recuperação efetiva dependerá crucialmente da continuidade e da maior intensidade da redução dos juros, que, mantidos o recuo da inflação e o prosseguimento do ajuste fiscal, deverá ocorrer, provavelmente em meados de 2017.

Em setembro, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de vendas do varejo restrito (que não inclui veículos e material de construção) recuou 5,9%, acima do observado em agosto, na comparação com igual mês de 2015.

"Se considerados os resultados registrados no período de janeiro a setembro (-6,5%) e em 12 meses (-6,6%) que, em geral, sinalizam melhor a tendência, e eliminarem-se diversas sazonalidades e diferentes números de dias úteis, pode ser observada leve desaceleração da contração do comércio", afirmam os economistas em nota. 

Por sua vez, o varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, sofreu, no mesmo mês, como de hábito, retração mais acentuada (-8,6%), também superior à observada em agosto, repetindo-se o mesmo padrão de comportamento para os resultados acumulados no ano (-9,2%) e nos últimos 12 meses (-10%).

Nos últimos 12 meses terminados em setembro, os juros mais altos, a escassez de crédito e a queda da renda do consumidor, tanto pelo enfraquecimento do mercado de trabalho, como pelo aumento dos preços de alimentos, são as causas das contrações observadas no varejo, principalmente nas áreas de veículos (-17%), equipamentos, material de escritório, informática e comunicação (-14,8%), móveis e eletrodomésticos (-14,6%) e material de construção (-12,6%). 

A queda foi generalizada, atingindo também setores vinculados ao consumo mais essencial, como artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,4%), que também foi impactado pelo reajuste anual do preço dos remédios.

Fonte: Redação DC

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