A demanda empresarial por crédito caiu 9,9% em outubro na comparação com setembro, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito.
Na comparação com igual mês de 2015, houve queda de 10,7%. No acumulado de janeiro a outubro, a demanda das empresas por crédito teve retração de 1,3% ante o acumulado em igual período do ano passado.
Segundo a Serasa Experian, a queda da demanda empresarial por crédito em outubro foi puxada pelas micro e pequenas empresas, com recuo de 10,4% ante o mês de setembro.
Nas médias empresas houve queda de 1% e, no caso das grandes, houve estabilidade.
Os dados mostram ainda que, no acumulado dos dez primeiros meses de 2016, a demanda empresarial por crédito recuou em quatro regiões do país: Norte (-5,8%), Centro-Oeste (-1,9%), Nordeste (-1,0%) e Sudeste (-0.3%). Houve alta apenas na Região Sul (2,5%).
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o aprofundamento da recessão econômica, que reduziu a demanda por capital de giro, assim como as elevadas taxas de juros, têm desestimulado a busca das empresas por crédito.
DESEMBOLSOS DO BNDES TAMBÉM CAEM
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ R$ 68,969 bilhões de janeiro a outubro - uma queda nominal de 35% ante igual período de 2015, segundo informou o banco de fomento nesta terça-feira (22/09). Os recursos são destinados a empréstimos já aprovados.
Até outubro, as consultas somaram R$ 95,083 bilhões - um recuo de 9% na mesma comparação, também em termos nominais, sem considerar a inflação.
Primeira etapa do processo de pedido de crédito ao BNDES, as consultas são um termômetro do apetite das empresas por crédito para investir.
O banco de fomento aprovou financiamentos no valor total de R$ 61,577 bilhões de janeiro a outubro, valor 25% inferior ao aprovado nos dez primeiros meses do ano passado.
Os desembolsos para infraestrutura recuaram 51% em relação ao ano anterior, somando R$ 20,043 bilhões até outubro.
Já os recursos liberados para a indústria ficaram em R$ 24,086 bilhões nos dez primeiros meses do ano, uma queda de 20% ante igual período de 2015.
O setor de comércio e serviços recebeu R$ 14,045 bilhões para empréstimos, um recuo de 40%. Por fim, o setor agropecuário ficou com R$ 10,795 bilhões, uma queda de 6%.
Fonte: Redação DC