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Economia

Bancos criam equipes para socorrer empresas em dificuldade e evitar falência

Aumento de pedidos de recuperação judicial fez com que bancos temessem um efeito cascata que prejudicassem seus próprios negócios.

01/02/2017 14:54

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Bancos criam equipes para socorrer empresas em dificuldade e evitar falência

A crise financeira não acendeu o sinal de alerta apenas para as empresas brasileiras. Ela também despertou a atenção dos principais bancos do país, que estudam maneiras de evitar que a recessão também afete seus negócios.

O principal receio é que o aumento no número de companhias que entram com pedido de recuperação judicial (2016 registrou a maior marca histórica de solicitações desse tipo) crie um efeito cascata que prejudique também o balanço dos bancos.

Por conta disso, instituições financeiras privadas, como Bradesco, Santander e Itaú, estão tomando medidas preventivas para evitar que mais companhias entrem em processo de recuperação ou até de falência.

Auxílio para as empresas

Uma das principais ações desenvolvidas por essas instituições é a criação de departamentos especializados na reestruturação de grandes e médias empresas.

“Criamos essa estrutura em 2015 por causa da piora na economia, do aumento das recuperações e da [operação] Lava Jato”, diz Gustavo Alejo Viviani, superintendente executivo de negócios de recuperação da área de atacado do Santander.

Essas equipes buscam por qualquer indicio de instabilidade financeira em empresas – como piora de indicadores do balanço ou atraso no pagamento de contas – para então entrar em ação.

A ideia, segundo Eduardo Armonia, diretor responsável pela área de reestruturação e recuperação de crédito de atacado do Itaú, é de se antecipar ao problema.A queda da rentabilidade de uma empresa ou atraso de pagamento já acende um alerta para o banco, diz.

Pente-fino

Uma vez que o país conta com um grande número de companhias com problemas financeiros, os times de reestruturação precisam fazer um verdadeiro pente-fino para determinar quem precisa de ajuda.

Após esse processo, os bancos conseguem identificar companhias que nem ao menos sabem que estão em situação delicada, conforme afirma o vice-presidente do Bradesco, Domingos Abreu, que é responsável pela área de crédito e reestruturação.

Depois de descobrir quais negócios devem ser auxiliados, os bancos oferecem um pacote de ajuda – que vai desde tomar ativos como garantia e alongar as dívidas, até buscar um novo investidor para injetar capital na empresa.

Mas ainda há muito trabalho a ser feito. Isso porque, de acordo com fontes de mercado, existe uma lista de monitoramento de cerca de R$ 300 bilhões em dívidas de médias e grandes empresas na mira de bancos para reestruturação.

Fonte: Exame.com

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