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Tributário

Comparado ao peso dos impostos, o Rei Momo é fitness

Produtos típicos do Carnaval como confetes, serpentinas e fantasias, podem ter mais de 70% de tributos embutidos em seus preços

07/02/2017 08:17

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 Comparado ao peso dos impostos, o Rei Momo é fitness

A contagem regressiva para o Carnaval já começou e esse é provavelmente o feriado mais esperado pelos brasileiros. São dias de alegria, mas nem toda ginga e samba no pé serão suficientes para ajudar o folião a se esquivar dos tributos, que abocanham, em média, 50% do valor pago em produtos típicos dessa data. 

Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), do preço do chope, 62,20% são impostos que vão direto para os caixas dos governos. Do preço pago pela caipirinha, com limão e cachaça, 76,66% são tributos.

Aqueles foliões que não abrem mão de sair às ruas fantasiados também deixarão feliz o governo. A fantasia de tecido tem carga tributária de 36,41%. A máscara de plástico, 43,93%.

Para completar a festa, não podem faltar o confete e a serpentina, que têm carga tributária de 43,83%. Quem quiser incrementar um pouco mais e se abastecer com spray de espuma, esteja pronto para os 45,94% de impostos sobre o preço desse item.

Já o contribuinte que pretende aproveitar o feriado para viajar, terá de desembolsar 22,32% de tributos sobre passagem aérea e 29,56% que incidem sobre o valor da hospedagem. 

Ou ainda quem desejar acompanhar de perto os desfiles das escolas de samba, arcará com até 36,28% em tributos embutidos no valor do pacote que inclui a hospedagem, o ingresso e o transporte até o sambódromo.

O presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike, diz que a população “não tem a exata consciência das altas taxas de tributos embutidos nesses produtos”. Segundo ele, os legisladores justificam a elevada carga tributária sobre os produtos carnavalescos e de viagens por serem considerados bens supérfluos. 

De acordo com o princípio da seletividade, os produtos devem ser tributados de acordo com a sua essencialidade, ou seja, quanto mais importante for para a população, menor deve ser a tributação.
 
Baseado nessa regra, os governos taxam bem mais os produtos considerados supérfluos, artigos de luxo e itens que fazem mal à saúde.

Fonte: Redação DC

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