O dólar encerrou o dia com a cotação a R$ 3,08 em um momento de expectativa pela desvalorização da moeda, que nesta quarta-feira (15) havia alcançado a menor cotação desde 18 de junho de 2015, fechando em R$ 3,06. A moeda chegou a operar em queda nesta quinta-feira (16), mas terminou em alta após dois dias de desvalorização.
Mesmo não acreditando na tendência de apreciação do real, Marçal diz que há elementos que podem interferir nessa trajetória. “O que pode alterar isso um pouco é quando tiver a reunião do Comitê de Política Monetária [Copom] e, de repente, se ele fizer um corte mais agressivo na taxa de juros, aí talvez isso afete o câmbio e barre essa tendência de apreciação. Ou se o Banco Central começar a comprar reservas sistematicamente ou intervir no mercado para evitar a valorização [do real]”.
O aumento é ruim?
Apesar de ajudar os exportadores e a balança comercial, a valorização do dólar prejudica o País em uma série de pontos. Com a moeda norte-americana em baixa, é possível, por exemplo, registrar uma queda na inflação. Isso acontece porque uma série de produtos industrializados, inclusive alimentos que compõem a cesta básica, possuem insumos importados, como o trigo, por exemplo, para fabricar o pão. A queda da moeda americana arrasta o preço destes produtos para baixo, motivando a queda na inflação.
Além disso, a desvalorização do dólar também pode reduzir os débitos do governo. A dívida externa do Brasil, que atualmente está em torno de US$ 330 bilhões, é sempre cotada na moeda americana. A queda de alguns centavos proporciona a economia de alguns milhões ao país e aos brasileiros.
Fonte: IG - Economia