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Economia

Bancos anunciam taxas de juros para as novas regras do rotativo do cartão

Rotativo vale somente por 30 dias; depois, dívida tem que ser negociada. Menores taxas vão de 1,99% a 3,60% ao mês; maiores, de 9,38% a 9,99%.

09/03/2017 08:05

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Bancos anunciam taxas de juros para as novas regras do rotativo do cartão

Quatro dos maiores bancos brasileiros anunciaram os juros que vão cobrar, a partir do mês que vem, nos empréstimos para quitação de dívidas do cartão de crédito.

Para uns ele é bendito. Para outros é o maldito rotativo do cartão de crédito.

“As poucas vezes que precisei não é uma boa lembrança”, diz um homem.

“Ajuda se você está sem condições naquele momento, mas pode atrapalhar também porque pode virar uma bola de neve”, afirma Gilberto Monteiro, professor de inglês.

O crédito oferecido pelas administradoras de cartão é o mais caro do país: em média, juros de 14% ao mês ou 482% ao ano.

Um exemplo: se a pessoa gastou R$ 1 mil no mês, no vencimento é obrigada a pagar pelo menos 15% do que gastou, nesse caso, R$ 150. Aí, os R$ 850 restantes entram no rotativo. No mês seguinte, ela vai pagar, só de juros, R$ 119 pelo empréstimo dos R$ 850.

A partir do dia 3 de abril, o cliente só poderá usar o rotativo por, no máximo, 30 dias. Se a dívida com o cartão não for paga nesse prazo, o banco terá que oferecer outra linha de financiamento.

Quatro dos principais bancos já anunciaram as taxas. As menores variam de 1,99% a 3,60% ao mês; as maiores, de 9,38% a 9,99%. O juro cobrado vai depender do valor da dívida, do número de parcelas e do perfil do cliente.

Os economistas ressaltam que se você, usuário de cartão de crédito, optar por pagar o atrasado do mês anterior nesse novo parcelamento que os bancos agora serão obrigados a te oferecer, preste atenção num detalhe muito importante: apesar de os juros desse novo parcelamento serem menores que os praticados pelos cartões de crédito, ainda assim esses juros serão bem mais altos que a inflação vigente no país.

“Procure se planejar para pagar menos parcelas e deixar esse financiamento ser o menor valor possível”, aconselha Andrew Storfer, diretor de economia da Associação Nacional dos Executivos de Finanças.

Fonte: G1

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