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Economia

2 em cada 10 inadimplentes ficaram no vermelho por emprestarem o nome, diz pesquisa

Em apenas 3% dos casos, a dívida foi paga integralmente pelas pessoas ajudadas, dizem SPC Brasil e CNDL.

10/04/2017 13:09

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2 em cada 10 inadimplentes ficaram no vermelho por emprestarem o nome, diz pesquisa

Entre os consumidores que emprestaram o nome para outras pessoas, 31% o fizeram para ajudar amigos, e outros 22% para irmãos. “É difícil dizer não a amigos ou parentes, mas é preciso lembrar que talvez essa pessoa esteja pedindo ajuda porque não pôde comprovar sua renda ou então porque não conseguiu pagar uma dívida anterior. Seja qual for o motivo, o risco de que não consiga honrar o compromisso sempre existe”, afirma José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz. 

O tamanho das dívidas

A pesquisa mostra ainda que boa parte das pessoas que emprestam seu nome para outro consumidor sequer sabe o valor do gasto que seria feito por terceiros.

Os que conheciam o valor que seria gasto antes de aceitar emprestar seus nomes foram 49% dos entrevistados. Além disso, em 18% dos casos, a pessoa ajudada gastou mais do que o combinado antes do empréstimo do nome. Outros 32% emprestaram o nome sem saber qual era o valor do gasto.

Quem paga essa conta?

Segundo o levantamento, em apenas 3% dos casos de empréstimo de nome a dívida foi liquidada integralmente pela pessoa ajudada. Já os casos em que a pessoa que emprestou o nome pagou a dívida sozinha são 41%.

Em 69% dos casos, a relação entre as pessoas ficou abalada após o transtorno.

O valor médio da dívida de inadimplentes por emprestarem o nome para outras pessoas é de R$ 1.215.

A decisão de emprestar

“Não se deve tomar uma decisão dessas sem antes considerar cuidadosamente a questão. Você tem o dinheiro para honrar a dívida, caso a pessoa que pediu seu nome não possa pagar? Do contrário, você é que ficará inadimplente, tendo de enfrentar a restrição ao crédito e todos os transtornos relacionados a essa situação", aconselha José Vignoli.

O SPC Brasil e a CNDL destacam que "o inadimplente não pode financiar veículo ou imóvel, fazer um empréstimo, adquirir cartão de crédito e contratar serviços como plano de TV por assinatura ou celular pós-pago".

"Não há garantias legais para quem empresta o nome. A dívida, perante a Justiça, pertence a quem emprestou e não a quem realizou a compra de produtos ou serviços", destacam as entidades.

Fonte: G1

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