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Economia

Indústria enfrenta cautela de clientes e recebe encomendas de última hora

A indústria de bens de consumo está recebendo as encomendas para atender ao Dia das Mães cada vez mais próximo da data. A mudança no perfil dos pedidos se deve ao temor das varejistas de acumular novos estoques.

20/04/2017 16:29

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Indústria enfrenta cautela de clientes e recebe encomendas de última hora

“Essa data chega a ser mais importante que o Natal para a Usaflex. Mas este ano, diferente dos anteriores, as vendas para pronta-entrega estão crescendo mais”, contou o diretor de operações da Usaflex, Marcelo Cavalheiro.

Na visão do executivo, a mudança no perfil das encomendas é reflexo do receio dos varejistas em formas novos estoques. Apesar da cautela, a Usaflex espera ampliar em 25% o volume de vendas para o Dia das Mães este ano.

Para o sócio-diretor da consultoria Iemi Inteligência de Mercado, Marcelo Prado, a indústria de vestuário como um todo deve apresentar melhor resultado na data.

“No primeiro trimestre do já estamos com vendas até 8% acima do ano passado e o Dia das Mães será um sinalizador para todo o ano. Mas é fato que os estoques estão baixos e o varejo ainda está sem capital de giro, postergando encomendas o máximo possível”, lembrou ele.

Segundo projeção do Iemi, a produção de itens de vestuário no Brasil deve apresentar retomada neste ano, com alta de 2,9% em volume, depois de uma queda de 0,9% em 2016.

Portáteis

No setor de eletrônicos, os produtos ligados ao bem-estar continuam ganhando espaço, como as chapinhas. “Vemos um crescimento desses produtos ligados ao bem-estar da mulher, mesmo quando ainda são para uso doméstico”, disse o presidente do grupo Eletrolar, Carlos Clur. Ele lembrou da explosão de vendas das fritadeiras elétricas, que movimentaram o segmento de eletroportáteis recentemente.

Para este ano, Clur afirmou que os smartphones devem continuar se destacando nas vendas, sendo uma opção de presente que substitui muitos outros eletrônicos na data.

A fabricante de eletrônicos DL lançou dois modelos de smartphones para o Dia das Mães como um teste para a introdução de novos produtos da linha ao longo do ano.

“Vamos ver como será a receptividade do brasileiro a esses produtos, que ficarão na faixa de R$ 599 e têm como principal característica a resistência da tela”, comentou o diretor comercial e de marketing da DL, Francisco Hagmeyer.

Além dos smartphones, a empresa também conta com o incremento nas vendas de celulares tradicionais (feature phones) no Dia das Mães. “Temos muitas mães mais velhas que não se adaptam ao touch sreen e preferem o tradicional”, afirmou. No mês de abril, que concentra as vendas para a data comemorativa, a DL espera ter alta de até 30% no volume de encomendas.

“Mas na comparação com o Dia das Mães de 2016, o volume deve ficar estável, porque o brasileiro ainda está sentindo os efeitos da [crise na] economia”, acredita. Hagmeyer também apontou que o varejo tem feito encomendas com prazo menor, para evitar estoques.

O prazo menor para os pedidos também foi percebido pela Tramontina, que neste ano deve manter as vendas para o Dia das Mães em linha com o registrado um ano antes.

“[Mas sempre] há um aumento significativo nesta data, com destaque para a linha de utilidades domésticas”, informou a companhia, em nota enviada ao DCI por e-mail.

Já a fabricante de cosméticos INTT deve ampliar as vendas na data. De acordo com a proprietária da INTT, Alessandra Seitz, o volume de encomendas neste período tem avançado ano a ano.

“Mesmo o nosso forte sendo o Dia dos Namorados, no Dia das Mães temos muita procura e tivemos o lançamento de um produto para a técnica de massagem com pérolas, pensado para ser uma opção de presente para a data”, revelou ela.

Fonte: DCI - Diário Comércio Indústria & Serviços

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