Na comparação mensal, também houve aumento da inadimplência. Entre março e abril, a quantidade de empresas com contas em atraso subiu 0,75%.
Em nota, o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, disse que a desaceleração do aumento da inadimplência entre as empresas se deve, em grande parte, à restrição de crédito, "O recuo da atividade econômica tem refletido em queda do faturamento das empresas e também na capacidade desses empresários honrarem seus compromissos e manterem um bom fluxo de caixa. Mas por outro lado, os índices vêm crescendo em um ritmo menor em decorrência da maior restrição ao crédito e da menor propensão a investir. Com menos custos e menos tomada de crédito, consequentemente, há menos endividamento."
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a tendência de desaceleração do crescimento da inadimplência deve continuar nos próximos meses. “Espera-se que a atividade econômica se mantenha fraca e os empresários permaneçam cautelosos devido ao cenário de grande incerteza política."
A maior alta na inadimplência foi entre as empresas do setor de serviços, com 7,31%. Entre as indústrias, a inadimplência subiu 3,9% e entre o comércio, 3,12%. Na outra ponta, as empresas do segmento de agricultura teve queda no número de empresas inadimplentes, com recuo de 1,57%.
Fonte: G1