O Índice de Confiança Empresarial (ICE) avançou 1,2 ponto em relação ao mês de abril, feito o ajuste sazonal. Esse é o maior nível desde dezembro de 2014, quando o indicador atingiu 87,7 pontos. Os dados foram divulgados, nesta quarta-feira (31), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV).
“A confiança empresarial manteve em maio a tendência de alta observada desde o início do ano. A boa notícia é a redução virtuosa da distância, ainda grande, entre o nível dos indicadores que medem a percepção sobre o presente e os de expectativas. A má notícia é que a maior parte da coleta de dados para o fechamento deste mês já havia sido realizada quando uma nova crise política foi deflagrada no País, em 17 de maio. O aumento da incerteza provocado por eventos dessa natureza tende a impactar negativamente as expectativas”, avalia Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas Públicas do IBRE/FGV.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro macrossetores cobertos pelas sondagens empresariais produzidas pelo FGV/IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção. A agregação é realizada por pesos econômicos, tendo como referência dados extraídos das pesquisas estruturais anuais do IBGE (PIA, PAS, PAC e PAIC).
Considerando os diferentes horizontes de tempo da pesquisa, a maior contribuição para a alta da confiança em maio foi dada pelo Índice de Situação Atual (ISA-E), com alta de 1,1 ponto, para 80,2 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-E) subiu 0,3 ponto, alcançando 95,0 pontos.
A alta da confiança empresarial ocorreu na Indústria e nos Serviços, os dois segmentos com maior peso, como mostra a tabela abaixo. No Comércio, houve ligeira queda, de -0,5 ponto, após alta acumulada de 10,2 pontos nos três meses anteriores.
Fonte: Portal Brasil