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Economia

País tem terceiro mês seguido de saldo positivo na criação de empregos

O Brasil fechou o mês de junho com novo saldo positivo na criação de empregos. Foram abertos 9.821 postos de trabalho, em todo o país – uma variação de +0,03% em relação ao estoque do mês anterior. Esta foi a terceira expansão consecutiva e a

18/07/2017 11:21

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País tem terceiro mês seguido de saldo positivo na criação de empregos

O Brasil fechou o mês de junho com novo saldo positivo na criação de empregos. Foram abertos 9.821 postos de trabalho, em todo o país – uma variação de +0,03% em relação ao estoque do mês anterior. Esta foi a terceira expansão consecutiva e a quarta registrada este ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Ministério do Trabalho, em Brasília. “Este resultado confirma, mais uma vez, a tendência de recuperação gradual do mercado de trabalho do Brasil”, comentou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

O resultado de junho reflete a diferença entre 1.181.930 admissões e 1.172.109 desligamentos. No acumulado do ano, o crescimento chega a 67.358 vagas abertas, representando expansão de 0,18% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Em igual período de 2016, o saldo foi negativo em -531.765.

No acumulado dos últimos 12 meses, o Caged ainda aponta uma redução de 749.060 postos de trabalho, mas na comparação entre o saldo positivo de junho de 2017 (+9.821 postos) com o mesmo mês do ano passado (-91.032 postos) e de 2015 (-11.199 postos), a recuperação do mercado de trabalho se mostra significativa. “São números que nos dão a certeza de que, depois de dois anos de saldos negativos, o Brasil está voltando aos trilhos do crescimento, com a abertura de novas vagas para os trabalhadores”, disse o ministro.

Setorial – O saldo positivo de junho foi impulsionado por dois setores. A Agropecuária fechou o mês com 36.827 novos postos (+2,29%), repetindo o bom desempenho de maio, quando já havia registrado saldo positivo de 46.049 novos postos de trabalho. Mais uma vez, o cultivo de café foi o carro-chefe do crescimento, com 10.804 postos criados, principalmente em Minas Gerais.

Também se destacaram os subsetores de atividades de apoio à agricultura, que teve 10.645 vagas abertas, concentrado em São Paulo; cultivo de laranja, que abriu 7.409 postos, também concentrado em São Paulo; e o cultivo de soja, que teve 2.480 novas vagas, principalmente em Mato Grosso.

O outro destaque setorial foi a Administração Pública, que fechou o mês com a criação de 704 novas vagas de emprego (+0,08%). Já os demais setores apresentaram redução: Construção Civil, com -8.963 postos (-0,40%), Indústria de Transformação, com -7.887 postos (-0,11%), Serviços, com -7.273 postos (-0,04%), e Comércio, com -2.747 postos (-0,03%).

Na Indústria de Transformação, no entanto, três subsetores se destacaram com saldos positivos. O número de contratações foi maior que o de desligamentos na indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, com +3.772 postos (+0,20%); indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos, com +1.376 postos (+0,16%); e indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria, com +735 postos (+0,08%).

No setor de serviços, também houve criação de novas vagas no subsetor de serviços médicos, odontológicos e veterinários, que teve 7.266 novos postos abertos.

Regiões e Estados – O desempenho regional do emprego com carteira, em junho, mostra que o Sudeste liderou a criação de vagas, com 9.273 novos postos (+0,05%). O desempenho da região foi puxado por Minas Gerais, que teve saldo positivo de 15.445 postos, graças à expansão dos setores de Agropecuária (+17.161 postos) e Serviços (+901 postos).

Outro destaque entre as regiões foi o Centro-Oeste, que abriu 8.340 vagas (+0,26%). Nesse caso, o saldo positivo foi impulsionado pelo Mato Grosso, com 5.779 vagas abertas, principalmente nos setores de Agropecuária (+2.614), Comércio (+1.070), Serviços (+761), Construção Civil (+757) e Indústria de Transformação (+531). Goiás também teve forte expansão, com 4.795 novos postos, refletindo o desempenho de Indústria de Transformação (+2.117), Serviços (+1.486) e Construção Civil (+628).

Indústria paulista

A indústria paulista, por sua vez, fechou o mês de junho com demissão de 9,5 mil trabalhadores, queda de 0,44% na comparação com o mês anterior. Na série com ajuste, o recuo chegou a 0,18%. Já no 1º semestre, o resultado foi positivo em 10 mil novas vagas de trabalho, o melhor resultado desde 2013. Na comparação nos primeiros semestres dos últimos três anos, as demissões somaram 1 mil, 62,5 mil e 57,5 mil, respectivamente.

Os dados são da Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo, feita pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon) e divulgada nesta sexta-feira (14/7). De acordo com a Fiesp, até dezembro de 2016 tivemos 21 meses seguidos de emprego negativo. “Neste 1º semestre tivemos três meses positivos e três negativos, estamos em fase de transição e esperamos uma retomada mais pronunciada do emprego na indústria no 2º semestre”, avaliou em nota a federação, acrescentando que a regulamentação da terceirização, a emenda constitucional do teto dos gastos públicos, a nova legislação da exploração do petróleo, e agora a aprovação da reforma trabalhista, são um conjunto de medidas que devem reativar a economia do país dando mais ânimo para as contratações.

Setores e regiões

Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa para o mês de junho, apenas o de couro e calçados ficou positivo, com geração de 233 vagas. Seguindo, 17 ficaram negativos e 4 permaneceram estáveis.

Do lado negativo, o destaque ficou por conta de produtos alimentícios, fechamento de 2,3 mil vagas; impressão e reprodução de gravações (-1.332); bebidas (-1.302) e móveis (-1.118).

A pesquisa apura também a situação de emprego para as grandes regiões do estado de São Paulo e em 36 Diretorias Regionais do Ciesp. Por grande região, a variação no mês ficou negativa, além do Estado de São Paulo (-0,44%), também no interior paulista (-0,40%) e na Grande São Paulo (-0,52%).

Entre as 36 diretorias regionais, houve variação entre os resultados. Entre as 7 que apontaram altas, destaque por conta de Jaú (1,13%), influenciada pelo setor de produtos de metal (18,18%), produtos alimentícios (1,16%); São Caetano do Sul (0,59%), por móveis (3,19%) e produtos alimentícios (1,74%) e Limeira (0,48%), por veículos automotores e autopeças (1,64%) e produtos alimentícios (2,34%).

Já dos 27 negativos, destaque para Botucatu (-4,34%), por confecção de artigo do vestuário (-32,53%) e produtos alimentícios (-0,42%); Santos (-1,65%), influenciado por produtos de metal (-9,31%) e produtos minerais não metálicos (-1,90%) e Matão (-1,49%), por máquinas e equipamentos (-2,18%) e produtos alimentícios (-0,94%).

Fonte: Portal Dedução

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