"Um servidor desses dificilmente vai entrar no programa de demissões", avalia.
"Pela quantidade de privilégios e nível dos salários, não deverá haver interesse em aderir", diz William Nozaki, professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
É natural que as pastas cuja atividade dependa essencialmente de mão de obra sejam aquelas com maior comprometimento de verba -ainda assim, a taxa de algumas delas "salta aos olhos", afirma.
O órgão com orçamento mais vinculado aos pagamentos é a CGU (Controladoria-Geral da União), com 60,7% destinados a pessoal ativo.
Entre as dez pastas com a maior participação também estão: Advocacia-Geral da União, Ministério Público, Justiça do Trabalho, Justiça Federal e Justiça Eleitoral.
O PDV, em análise pelo governo, pode ajudar a cumprir a meta fiscal, mas não é um mecanismo de economia de gastos efetivo, diz Marconi.
"Seria preciso estudar onde há excesso de pessoal, para direcionar os cortes. Outra medida poderia ser a redução da jornada de trabalho."
Fonte: Folha de São Paulo