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Os desafios do contador frente à nova lei trabalhista

Quem vai exe­cu­tar e pro­du­zir es­te ar­ca­bou­ço de in­for­ma­ções da no­va lei tra­ba­lhis­ta? A res­pos­ta é sim­ples. É o pro­fis­si­o­nal da con­ta­bi­li­da­de.

30/11/2017 16:13

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Os desafios do contador frente à nova lei trabalhista

Os desafios do contador frente à nova lei trabalhista

Mi­nha cren­ça é de que a no­va lei tra­ba­lhis­ta nº 13.467/2017 que en­trou em vi­gor em 11/11/2017 trou­xe mu­dan­ças pa­ra to­dos os gos­tos, cu­jo pa­no de fun­do é a mo­der­ni­za­ção que abar­ca a área tra­ba­lhis­ta  e a que­bra de um ta­bu de apro­xi­ma­da­men­te  70 anos quan­do a mes­ma foi san­ci­o­na­da em 1943, que de tão efê­me­ra pro­vo­cou uma con­vul­são nos mei­os mi­di­á­ti­cos  ja­mais vis­to.

Es­tou fa­lan­do de uma vi­da  co­mum que é a vi­da re­al e de ca­da um que com­põe o tri­pé de in­te­res­sa­dos; go­ver­no, tra­ba­lha­do­res e em­pre­ga­do­res. Ca­da um com seu vi­és po­li­fô­ni­co, en­ten­den­do do seu jei­to, con­fe­rin­do-lhes a re­le­vân­cia pa­ra apro­pria­ção ati­va, afe­ti­va e ra­zões prá­ti­cas. Nes­te con­tex­to, não im­por­ta que to­do no­vo trás re­per­cus­sões que vão além de uma sim­ples dis­cus­são das no­vas re­gras.

Da­da a es­sa mol­du­ra afe­ti­va ca­be ques­ti­o­nar que as 100 re­gras no­vas vão de­fi­ni­ti­va­men­te trans­gre­dir um uni­ver­so que to­dos os en­vol­vi­dos ain­da não de­pa­ra­ram. Aqui des­lo­co o fo­co so­bre a re­per­cus­são des­sas al­te­ra­ções e ba­se­an­do-me na apa­ren­te­men­te ino­por­tu­na per­gun­ta: quem vai exe­cu­tar e pro­du­zir es­te ar­ca­bou­ço de  in­for­ma­ções da no­va lei tra­ba­lhis­ta. A res­pos­ta é sim­ples. É o pro­fis­si­o­nal da con­ta­bi­li­da­de, aque­le que de traz da me­sa e da mí­dia já as­so­ber­ba­do com um re­cen­te de­sa­fio da sua im­plan­ta­ção, con­ta­bi­li­za o im­bró­glio da área de re­cur­sos hu­ma­nos com a pro­du­ção da no­va fo­lha de pa­ga­men­to den­tro dos no­vos cri­té­rios.

As­sim é a vi­da do pro­fis­si­o­nal da con­ta­bi­li­da­de que ca­da mo­men­to se vê di­an­te de um no­vo de­sa­fio. Ca­be aos con­ta­do­res en­ten­der as mu­dan­ças tra­ba­lhis­tas, que vão do pla­no de car­rei­ras, jor­na­da de tra­ba­lho, re­mu­ne­ra­ção, fé­rias e até o tra­ba­lho re­mo­to. Aqui não há li­ber­da­de e sim a co­ra­gem de sa­ber, en­ten­der e exe­cu­tar, além de, a par­tir  de ama­nhã sa­ber res­pon­der aos em­pre­sá­rios e tra­ba­lha­do­res to­das es­tas des­co­nhe­ci­das  in­cóg­ni­tas ques­tões. Tra­ba­lhar as­sim é o mes­mo que na­ve­gar na po­bre­za e na ob­scu­ri­da­de  pa­ra se com­pre­en­der to­dos es­te pro­ces­so.

Por­tan­to, é pre­ci­so com­pre­en­der que a Con­ta­bi­li­da­de é uma ci­ên­cia so­ci­al apli­ca­da, mas sa­be-se que cor­re­mos o ris­co da exe­cu­ção das ro­ti­nas e a pres­são pe­ran­te al­guns se­to­res vi­ti­ma­dos por va­lo­res que ain­da não sa­be­mos se é ver­da­dei­ro ou não. Até por­que o de­ba­te es­tá ape­nas em fa­se pre­li­mi­nar. No en­tan­to, a ca­te­go­ria con­tá­bil não se fur­ta no en­fren­ta­men­to do tex­to da no­va lei, aco­lhe­mos em nos afir­mar na fa­la alheia da lei e na sua in­te­gri­da­de ex­pres­sa a so­ci­e­da­de.

Nes­te mo­men­to os pro­fis­si­o­nais da con­ta­bi­li­da­de pre­ci­sam de mar­gem de tem­po pa­ra tam­bém po­der es­tu­dar, en­ten­der e apren­den­do a pren­der não ape­nas as no­vas re­gras da lei tra­ba­lhis­ta, mas, so­bre­tu­do, sua me­to­do­lo­gia for­mal e es­tru­tu­ral, re­fle­tin­do-se de ma­nei­ra prag­má­ti­ca nos ob­je­ti­vos da lei que sa­cu­diu to­do uni­ver­so dos tra­ba­lha­do­res bra­si­lei­ros.

A con­ta­bi­li­da­de re­gis­tra­rá to­dos os fa­tos da no­va lei, mas a dis­cus­são acer­ca do cer­ne da no­va pro­ble­má­ti­ca ca­be a to­dos. Uma coi­sa é pa­ten­te, a lei mos­tra-se tor­tu­o­sa por fo­ra e be­li­co­sa por den­tro, nes­te mo­men­to nin­guém tem voz e tam­pou­co vez.

Por José Gilmar Carvalho

 

Fonte: DM

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