São cobrados no Brasil 63 tributos nas esferas federal, estadual e municipal. Some-se a eles as normas e portarias, e o heroísmo do empreendedor brasileiro começa a ficar claro. O excesso de impostos mina a energia das empresas, torna um martírio a tarefa de pagá-los e desvia o foco dos brasileiros donos do próprio negócio. A burocracia brasileira consome 2600 horas de trabalho por ano - catorze vezes o tempo dedicado a ela pelos americanos (187 horas) e 21 vezes o dos suecos (122 horas).
Das taxas pagas pelos empreendedores, só o
ICMS tem 27 legislações - uma para cada estado. Esse imposto, que tributa a circulação de mercadorias e serviços de transporte, intermunicipal e interestadual e de comunicação, é o de maior impacto negativo na competividade das empresas. Atributação sobre a
folha de pagamento é um estímulo a informalidade - eufemismo para ilegalidade. Os empresários brasileiros pagam tributos equivalentes a 70% do lucro obtido nos negócios - outro absurdo recorde mundial. É por essas e outras, que nós profissionais contábeis e tributários, precisamos estar cada dia mais preparado para que possamos prestar um serviço de qualidade aos nossos clientes, sejam eles, pequenos, médios ou grandes empreendedores. A qualificação e a competência do profissional contábil, por enquanto, é melhor saída, um correto e adequado planejamento tributário é o caminho para desonerar o máximo possível a carga tributária das empresas.
Fonte: Revista VEJA, Ed. 2236 de 28/09/2011