O mercado de trabalho brasileiro registrou em 2019 a abertura de 644.079 vagas com carteira assinada, o melhor resultado desde 2013. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério da Economia, foram 16.197.094 admissões e 15.553.015 desligamentos.
Segundo os dados do Caged, os oito setores de atividade econômica apresentaram crescimento no nível de emprego em 2019. Os maiores resultados foram observados em Serviços (382.525), Comércio (145.475), Construção Civil (71.115) e Indústria de Transformação (18.341).
Em Agropecuária foram criadas 14.366 vagas, em Serviços Industriais de Utilidade Pública, 6.430, em Extrativa Mineral, 5.005, e em Administração Pública, 822.
Já na análise de dezembro, sete ficaram no negativo. Apenas Comércio teve resultado positivo: 19.122 empregos criados. Ficaram no vermelho: Serviços Industriais de Utilidade Pública (-285), Extrativa Mineral (-1.394), Administração Pública (-15.410), Agropecuária (-43.972), Construção Civil (-46.886), Indústria de Transformação (-104.634) e Serviços (-113.852).
Salário médio de admissão
O salário médio de admissão foi de R$ 1.626,06 no país em 2019, aumento real de 0,63% em relação ao ano anterior. Já o salário médio de desligamento foi de R$ 1.791,97, aumento real de 0,7% na mesma base de comparação.
Vagas por região
As cinco regiões do país apresentaram saldos positivos de emprego em 2019. Do total de postos criados no país, 318.219 postos foram na região Sudeste; 143.273 no Sul; 76.561 no Nordeste; 73.450 no Centro-Oeste e 32.576 no Norte.
Em dezembro, por sua vez, o resultado ficou negativo nas cinco regiões: Norte (-14.190), Nordeste (-34.803), Centro-Oeste (-36.966), Sul (-65.761) e Sudeste (-155.591).
Trabalho intermitente
O país criou em 2019 um saldo de 85.716 novos postos de trabalho intermitente, modalidade criada pela reforma trabalhista que permite jornada em dias alternados ou por horas determinadas. O número é resultado de 155.422 admissões e 69.706 desligamentos.
No chamado regime de tempo parcial, foram registradas 83.974 admissões e 63.614 desligamentos, gerando saldo de 20.360 vagas.