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Trabalhadores dos portos podem parar

Sindicatos dos trabalhadores portuários debatem nessa quinta-feira uma possível greve para pressionar o governo.

05/01/2012 13:07

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Trabalhadores dos portos podem parar

Os sindicatos de trabalhadores dos principais portos do país se encontram nesta quinta para debater uma greve que pode paralisar a maioria dos terminais administrados pela União. A paralisação pressionaria o governo a quitar parte da dívida, de mais de R$ 3 bilhões, que a União tem com o fundo de pensão da categoria, o Portus. A greve é defendida pelo Sindicato dos Empregados na Administração Portuária de Santos, mas divide outras entidades.

— Entendemos que ainda é possível o diálogo com o governo federal. Achamos que a presidente Dilma Rousseff honrará o compromisso assumido pelo ex-presidente Lula com a categoria — diz o presidente dos Sindicato dos Portuários do Rio, Sérgio Magalhães Giannetto.

Os sindicalistas cobram R$ 150 milhões que não teriam sido pagos ao fundo, como parte de um compromisso de aporte de R$ 400 milhões feito por Lula. Desde 2008, o governo repassou R$ 250 milhões em duas parcelas para o Portus, a título de recomposição de contribuições atrasadas. Os R$ 150 milhões seriam fundamentais para a sobrevivência do fundo e a continuidade de seu processo de reestruturação, iniciado em agosto, quando a Secretaria Especial de Portos (SEP) decretou a intervenção no Portus. A SEP não quis se pronunciar, alegando que as negociações estão em andamento.

Segundo a União Nacional dos Participantes do Portus (Unapor), as dívidas do governo com o fundo foram estimadas em mais de R$ 3 bilhões, dos quais R$ 1,2 bilhão seriam devidos pela União como resquício da extinção da Portobras. O restante seria dívida das atuais administradoras.

O fundo tem um déficit mensal de R$ 5 milhões, o que lhe daria uma sobrevida de um ano honrando os pagamentos aos 14 mil beneficiários.

— Com esses R$ 150 milhões, poderíamos ganhar tempo para liquidar o fundo e dar início a um novo — diz Vilson Balthar, presidente da Unapor.

O vice-presidente da Federação Nacional dos Portuários e presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos, defende uma paralisação de advertência seguida de greve, que pode ocorrer em fevereiro, ponto alto da temporada de cruzeiros.

Fonte: O Globo

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