BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a política monetária e fiscal foram mais fortes em 2011. "Este ano vamos fazer o contrário: a política monetária está mais expansionista e a fiscal vai colocar mais recurso no investimento", disse.
Mantega enalteceu o fato de o Brasil ser uma das economias que tem menos dependência da economia mundial. Mesmo assim, ele voltou a dizer que o governo não permitirá que o câmbio se valorize e que isso ajudará a indústria "nessa guerra cambial que está sendo implantada". O ministro afirmou que o câmbio é uma variável importante para impedir que, mais uma vez, a indústria puxe o crescimento do País para baixo.
Segundo ele, estão afastados problemas maiores da economia internacional, como a possibilidade de um default de um dos países, por exemplo. Afirmando que não tem como prever cataclismos, o ministro disse que há avaliação agora é apenas a de que a economia internacional irá desacelerar este ano.
O ministro disse que o governo conta com um "arsenal infinito" de medidas para segurar a queda do dólar, diante de uma "intensificação da guerra cambial".
"Não há nenhum risco de o real se valorizar prejudicando as exportações brasileiras. Esse é um dos campos de atuação mais importantes para o governo. É justamente esse que pode impedir que a indústria mais uma vez seja prejudicada. Vamos manter o real menos valorizado, ou mais desvalorizado, que é o que interessa para a economia brasileira", disse.
Segundo o ministro, o governo não vai permitir que haja grande ingresso de capitais. "Vamos manter um real menos valorizado. Vamos coibir operações especulativas. O arsenal é infinito e podemos aumentar a atuação", afirmou.
Fonte: Estadão
