O novo auxílio emergencial ainda não começou a ser pago, mas já é possível saber que quase 30 milhões de pessoas devem ficar de fora dessa nova rodada em relação ao número de contemplados no ano passado.
A previsão é do levantamento feito pela campanha Renda Básica que Queremos, composta por cerca de 270 instituições, entre sindicatos, organizações jurídicas e acadêmicas.
Em 2020, foram beneficiadas com o auxílio emergencial 68,2 milhões de pessoas. Após aprovação da PEC Emergencial no Congresso, ficou definido que o programa será retomado este ano, mas com orçamento bem menor, o que vai reduzir o número de pessoas contempladas para cerca de 39,8 milhões.
Isso significa que 28,4 milhões de pessoas que estavam entre os grupos que tinham direito ao benefício no ano passado ficarão de fora da nova rodada.
Redução do orçamento do benefício
Segundo a PEC Emergencial, a fatia do orçamento público destinada ao auxílio emergencial caiu para R$ 44 bilhões. No ano passado, o governo destinou R$ 292 bilhões, segundo a Caixa Econômica.
O benefício foi sancionado no valor de R$ 600 para a maioria das pessoas contempladas pelo programa, e R$ 1.200 para mães que cuidavam de seus filhos sozinhas. No final de 2020, auxílio caiu para R$ 300 mensais, ou R$ 600 para a categoria que recebia o maior valor.
O texto da PEC Emergencial, que libera a nova rodada da verba, já foi promulgado pelo Congresso. Agora, o Governo Federal precisa publicar uma medida provisória detalhando as regras do benefício.
A expectativa é que o pagamento comece em abril e que o valor mensal seja de R$ 250 pagos por quatro meses para um membro da família considerada em situação vulnerável. Para mulheres com filhos (famílias monoparentais) o valor será de R$ 375 e pessoas que moram sozinhas, R$ 150.