Um currículo bem elaborado, bem diagramado, de fácil leitura e com as informações mais relevantes pode fazer a diferença quando o recrutador procura um candidato na pilha de milhares de documentos recebidos. Alguns chegam a analisar cerca de duzentos currículos por dia. De acordo com os especialistas em recrutamento e seleção, existem regras básicas e a primeira delas refere-se à Língua Portuguesa – erros de português são inadmissíveis.
Outro consenso é sobre o tamanho: o currículo ideal não precisa passar de duas páginas. Nestas duas folhas, a pessoa, depois de se identificar, precisa deixar claro qual é o objetivo da candidatura, quais são as qualificações e a experiência profissional, a formação educacional e, se houver informações que possam interessar ao empregador, a participação em cursos e treinamentos.
No item identificação, basta o nome e forma de contato, como endereço eletrônico e telefone, caso o currículo seja publicado na internet. Se o documento tiver destinatário específico, é possível incluir nacionalidade e estado civil. Ainda não é o momento de fornecer dados como data de nascimento, filiação e números de documentos. Mencionar o endereço do blog e dos perfis nas redes sociais também é um diferencial.
O objetivo é um detalhe muito importante e que boa parte das pessoas esquece. É a hora de especificar o cargo e a área de atuação pretendidos. Mas nada de detalhar o projeto de vida!
Os anúncios que as empresas publicam com as vagas disponíveis geralmente trazem informações sobre o que esperam dos candidatos. Com este foco, a pessoa deve enumerar as qualificações e habilidades que possui.
A experiência profissional deve relacionar as companhias onde o candidato já trabalhou, começando sempre pelas mais novas e qual o período em cada emprego. Depois, mencionar os cargos ocupados, as funções exercidas e, se possível, os projetos que contribuíram para o sucesso do grupo. Se for uma organização pouco conhecida, vale citar, em uma linha, o perfil da empresa.
Apesar de ter ficado para o final, a formação educacional não deve ser negligenciada. Porém, como nos itens anteriores, deve constar informações relevantes. Pós-graduação, graduação, no caso de vagas que exigem este nível de escolaridade. O ensino médio pode ser mencionado se estiver diretamente ligado ao objetivo da candidatura ou se o currículo for de uma pessoa no início da vida profissional.
Cursos e treinamentos podem ser um diferencial no caso de empate, por exemplo. Cursos de idiomas, com o nível de aprendizado, são sempre bem-vindos.
Com tantas ferramentas tecnológicas disponíveis, meios eletrônicos para a divulgação do currículo e um número crescente de pessoas no mercado de trabalho, ser localizado antes pode garantir a contratação. Citar palavras-chave, mesmo que no rodapé do currículo, aumenta a visibilidade.
Se for enviar o currículo pelo email, observe se o recrutador prefere recebê-lo no corpo da mensagem ou como arquivo anexo. De qualquer forma, uma breve apresentação é necessária. Não faça do currículo um convite de festa de carnaval - prefira fontes comuns e evite o uso de cores, imagens e fotos. Cartas de referência e certificados nunca devem ser anexados. A pretensão salarial só deve constar se for solicitada pelo recrutador.
Quem está em São Paulo e não tem acesso a computador, mas quer deixar o currículo adequado aos tempos modernos, pode procurar um dos postos do Acessa São Paulo, serviço gratuito oferecido pelo governo do Estado.
Fonte: CRC - SP
