Dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), apontam que cerca de 9,5 milhões de pequenos negócios podem recuperar o nível de faturamento equivalente ao anterior à pandemia até 1º de setembro deste ano.
A estimativa foi calculada com base nos dados da Fiocruz e do cronograma de vacinação do Ministério da Saúde. O estudo considera que metade da população brasileira estaria vacinada até esta data.
Este número representa cerca de 54% do universo de microempreendedores individuais (MEIs) e micro e pequenas empresas no país.
Contudo, esse resultado só será possível de alcançar se a vacinação acelerar. Apesar de parecer otimista, o prazo foi postergado em relação à previsão da 1ª edição do estudo, realizado em abril, que apontava a mesma meta para 18 de agosto.
Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, a vacina é o único meio capaz de devolver a economia ao eixo da normalidade.
“Nossas projeções foram atualizadas e, como nesse curto prazo o programa de vacinação não acelerou o tanto que gostaríamos, as micro e pequenas empresas terão de buscar fôlego por pelo menos mais duas semanas. Fazemos um alerta às autoridades e à sociedade, pois quanto mais rápido imunizarmos os brasileiros, mais rápida será a retomada dos pequenos negócios”, afirma Melles.
Retomada por setores
De acordo com a previsão do Sebrae, os negócios que devem se recuperar mais rápido atuam, principalmente, em setores menos atingidos pela crise, como:
- comércio de alimentos
- logística
- negócios pet
- oficinas
- construção
- indústria de base tecnológica
- educação
- saúde e bem-estar
- serviços empresariais.
Já os segmentos com mais peculiaridades, vão demorar mais para retomar o faturamento registrado antes da covid-19. É o caso de segmentos como o de bares e restaurantes, e artesanato e moda, que só retomariam esse nível de atividade por volta do dia 5 de outubro, quando 100% das pessoas com mais de 25 anos estariam imunizadas.
Já o setor de beleza só alcançaria o estágio pré-pandemia em 15 de outubro. Os setores de turismo e economia criativa devem demorar ainda mais, se recuperando apenas em 2022, mesmo que 100% da população já tenha sido vacinada até dezembro deste ano.