Com o acúmulo da inflação que vem superando as previsões e expectativas das instituições financeiras, o mercado já está revendo suas previsões, estimando que a taxa básica de juros da economia, a Selic, que hoje está em 3,5%, pode ser reajustada ainda este ano para mais de 6%.
Na próxima semana o Banco Central (BC) deve decidir o que acontecerá com a taxa, na reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). A política monetária do BC é o principal modo de combate à alta dos preços.
Analistas e estimativas econômicas apontam para um aumento da taxa durante o Copom de 0,75%, elevando a Selic a 4,25% ao ano. A taxa poderia ser revisada pela autoridade monetária, mas vetores inflacionários externos e internos são os fatores que influenciam neste aumento, mesmo com a recente melhora do câmbio.
Segundo o Boletim Focus do Banco Central, que reúne as previsões das principais instituições financeiras, mostra que a tendência é que a Selic termine o ano em 5,75%. A XP Investimentos, o Banco Safra, a JP Morgan e outras projetam uma taxa de juros de 6,5% ao final de 2021.