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Cresce em 11% o número de empreendedores no Brasil

O empreendedorismo tornou-se um fenômeno no Brasil na última década.

15/03/2012 13:39

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Cresce em 11% o número de empreendedores no Brasil

De acordo com dados que constam no Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa 2010/2011, realizado pelo Sebrae em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o índice de  micro e pequenas empresas e de trabalhadores por conta própria passou de 20,2 milhões para 22,9 milhões, entre 2001 e 2009. Com base no total, quase 19 milhões conduzem o próprio negócio sem empregados e 3,9 milhões são empresários que empregam trabalhadores. Juntos, refletem 22,7% da população economicamente ativa.

As mulheres estão aumentando sua participação no mercado produtivo. Entre os empregadores, a proporção de mulheres neste nicho passou de 23,4% para 26,3% no período. Em 2001, 29,6% dos trabalhadores por conta própria eram do sexo feminino, enquanto que, em 2009, o volume passou para 33,5%.

Em relação à faixa etária e nível de escolaridade, do total de empregadores, 62,8% têm 40 anos ou mais e 60,1% possuem ensino médio ou escolaridade mais elevada. Dos trabalhadores por conta própria, 59,6% estão nessa faixa etária e 29,4% têm no mínimo o ensino médio.

Paraná, terra de oportunidades

No Estado paranaense, os índices também cresceram: são, hoje, mais de 56 mil empreendedores individuais em 397 dos 399 municípios do Paraná. Os dados também mostram que o Estado é formado por jovens empreendedores: quase 60% do total têm idade entre 21 e 40 anos. De acordo com o Sebrae, a cidade de Curitiba possui o maior número de formalizações do Estado, com 12.097 empreendedores individuais. Em outros municípios, os registros apontam: Londrina (2.723), Cascavel (2.309) e Maringá (1.899), ), Ponta Grossa (1.650), Foz do Iguaçu (1.640), São José dos Pinhais (1.358), Colombo (1.108), Paranaguá (1.079), Toledo (1.022), Pinhais (925), Araucária (797),  Apucarana (779), Arapongas (754), Guarapuava (646), Paranavaí (580), Umuarama (520), Piraquara (507), Campo Mourão (494), Sarandi (483) e Pato Branco (472).

Oportunidade X Necessidade

Ainda segundo a pesquisa, o empreendedorismo, hoje, não é considerado um mecanismo de sobrevivência, mas, sim, gerado por índices de maiores oportunidades no País. Em 2011, foi constatado que 2,1% dos empreendimentos são de oportunidade para cada empreendimento de necessidade - mais que o dobro - enquanto que, em 2009, esse índice era de 1,6% para cada empreendimento de necessidade. Os números são muito similares aos índices registrados em países de economia mais desenvolvida, como os Estados Unidos, que registra 2,4% empreendimentos por oportunidade para cada de necessidade. A realidade brasileira só permanece, por enquanto, um pouco distante dos números europeus, cujo índice alcança até 5%.

O reflexo do crescimento da economia interna, do crescimento da renda e do nível de escolaridade são elencados como os principais motivos que levaram ao crescimento do empreendedorismo no Brasil ao longo da última década. Esses fatores também contribuem para a perspectiva de sobrevivência e a longevidade das empresas.

A pesquisa foi focada, especialmente, em empresas com três meses a três anos e meio de vida, cujo faturamento é de, em média, R$ 240 mil ao ano. Quase 60% delas partem de um capital inicial de até R$ 10 mil. O setor de mais destaque entre os micro e pequenos empreendedores é o de comércio e varejo, que fica em primeiro lugar, com 25%. O motivo é a lógica direta com a economia do País que, atualmente, possui maior número de estabelecimentos ligados a atividades de comércio em sua grande maioria.

E foi exatamente neste nicho que o casal de empresários Juliana Moczenski Faloppa e Fernando Pereira Faloppa apostou: em abril de 2011, os dois abriram a loja Roupas de Nenem, situada em Curitiba (PR). Pais do Léo, de 1 ano e meio, inspiraram-se no filho para iniciar o novo negócio que comercializa roupinhas para bebês.

"Ganhamos e compramos algumas roupas importadas, mas quando fomos procurar novamente para comprar, percebemos a dificuldade de encontrar esses produtos no mercado", conta Juliana.

Como reflexo do desenvolvimento do comércio pela internet, o casal também investiu na loja virtual da empresa e comercializa roupas importadas para bebês em todo o Brasil, além da loja física localizada no centro da cidade.

Para os novos empreendedores, o casal orienta que é importante traçar, primeiramente, um plano de negócios, estudando detalhadamente o ambiente externo, como os concorrentes e o público-alvo. "A loja virtual fez parte do meu projeto de TCC da faculdade, então, adequamos também o projeto a esse novo cenário, pois é preciso fornecer algo que se torne um diferencial para seus clientes".

Lidar com riscos também é importante. Os empresários, inicialmente, tiveram como principal entrave do negócio conseguir um fornecedor nos Estados Unidos, pois a marca “Carter’s” ainda não tinha representantes no Brasil e os produtos vendidos em redes sociais e mercado livre eram comprados e trazidos ilegalmente para o País. Houve, então, a necessidade de adequação das importações dentro das normas brasileiras para trazer os produtos dentro das normas legais.

Futuramente, a meta do casal é fazer com que a loja torne-se referência em âmbito nacional no setor de produtos nacionais e importados para crianças. "Queremos que nossa empresa seja conhecida como "aquela loja cheia de coisas legais, úteis e de alta qualidade para bebês", finaliza.

Fonte: Incorporativa

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