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Pix: bancos pedem ao BC mudanças em regras para evitar golpes

Segundo as instituições, é importante a liberdade para negociar limites de transferência e pagamento dentro do sistema para evitar roubos.

27/08/2021 14:30

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Pix: bancos pedem ao BC mudanças em regras para evitar golpes

Pix: bancos pedem ao BC mudanças em regras para evitar golpes Pexels

O Pix, novo sistema do Banco Central que permite realizar transferências instantâneas e sem custos, caiu no gosto dos brasileiros. Mas também chamou atenção dos golpistas. Diante disso, os bancos pedem ao Banco Central (BC) que flexibilize as regras do Pix, para dificultar a ação de criminosos.

Acontece que, depois do lançamento do novo meio de pagamento, que em novembro completa um ano de funcionamento, criminosos têm tirado vantagem da facilidade e da rapidez do Pix para aplicar golpes ou para pedir que a vítima transfira grandes quantias rapidamente durante roubos ou sequestros.

O golpe costuma ser aplicado com contas de laranjas para receber o dinheiro, além de pulverizá-lo para outras, o que dificulta o rastreio da polícia para reaver os valores e desarticular as quadrilhas.

Segundo apurou a Folha, um dos pleitos das instituições é que o BC dê liberdade para que os bancos negociem com os clientes os limites de transferência e pagamento dentro do sistema.

Atualmente, o banco precisa oferecer no Pix o mesmo limite concedido para TED (Transferência Eletrônica Disponível). O cliente pode, a partir desse valor, pedir para aumentar ou para diminuir esse teto, mas o banco não pode tomar a iniciativa.

Além disso, a liquidação da TED, quando o dinheiro cai na conta do recebedor, é feita em até 20 minutos em horário comercial, enquanto a do Pix é feita na hora.

Pontos de flexibilização 

Para os bancos também é importante que o BC permita negociar os limites por canal de transação – com valores diferentes para operações feitas pelo celular, pelo computador ou no caixa eletrônico – e ajustado por horário em que a movimentação é realizada. 

Dessa forma, a instituição poderia determinar que a quantia máxima seja menor de madrugada, por exemplo.

Quando o BC condicionou o limite do Pix ao da TED, a intenção era que os bancos não oferecessem valores menores para o pagamento instantâneo no intuito de privilegiar as ferramentas antigas de transferência, que possuem tarifas.

Outra demanda do setor é que o banco tenha até 24 horas para responder quando o cliente pedir para elevar o limite dentro do Pix. Atualmente, o prazo máximo é de uma hora. O argumento é que a regra atual permite que o bandido espere até que a vítima consiga aumentar o valor máximo da transação para levar mais dinheiro.

Também solicitam a possibilidade de o cliente tirar o botão do Pix da primeira tela do aplicativo que, segundo informou um grande banco, é exigência do BC.

Segundo a Folha apurou, o BC tem dialogado com as instituições financeiras e ainda não sinalizou se atenderá aos pedidos.

Fonte: com informações da Folha de S.Paulo

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