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Estoque da Dívida Pública Federal atinge R$1,836 trilhão

Dívida pública tem melhor composição e maior prazo médio das séries históricas. Operações com fundos extramercados contribuíram para melhoria do perfil.

23/03/2012 08:48

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Estoque da Dívida Pública Federal atinge R$1,836 trilhão

Tesouro Direto chega a 287,2 mil investidores cadastrados
Estoque do TD em fevereiro atinge R$ 7,82 bilhões 

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) atingiu, em fevereiro, R$ 1,836 trilhão ante R$ 1,801 trilhão em janeiro, um aumento, em termos nominais, de 1,94%. O incremento se deve, além da apropriação dos juros que ocorre todos os meses, às emissões líquidas de R$ 18,5 bilhões realizadas no mês passado. No período, os regastes totalizaram R$ 63,3 bilhões.

Ao comentar o resultado, o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, destacou as operações com os fundos extramercado. “Desses volumes de emissões e resgates do mês de fevereiro, nós tivemos R$ 61,2 bilhões de trocas contra R$ 25 bilhões de emissões por meio dos leilões tradicionais. Os resgates, devido aos vencimentos do mês, foram de apenas R$ 8,6 bilhões”, explicou.

Em fevereiro, o Tesouro Nacional realizou trocas de títulos públicos para adequação das carteiras dos fundos extramercado, conforme determina a Resolução nº 4.034/2011 do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Foram realizadas várias operações de troca entre os dias 7 e 28, com resgate de R$ 61,2 bilhões em títulos atrelados à taxa Selic (LFT), sendo os índices escolhidos pelos Fundos Extramercado o IMA-B, composto por títulos indexados ao IPCA, o IRF-M, composto por títulos prefixados de curto, médio e longo prazos e o IRF-M1, composto por títulos prefixados, com prazo inferior a um ano.

Recompra – Fernando Garrido ressaltou ainda o resultado do programa de recompra da Dívida Pública Federal Externa (DPFe), divulgado bimestralmente. Em janeiro e fevereiro, foram recomprados, em volume financeiro, o equivalente a US$ 195 bilhões. “O Tesouro Nacional continua com sua política de recompra da dívida externa no mercado secundário”, observou.

Composição – Com relação à composição da DPF em fevereiro, o coordenador reforçou as operações com os fundos extramercado - com a troca de LTF (corrigidos pela taxa Selic) por LTN e NTN-F (títulos prefixados que representaram aproximadamente 60% das emissões do R$ 61,2 bilhões do extramercado) e NTN-B (indexados ao IPCA e equivalentes a cerca de 40% das emissões).

“Com essa operação, nós atingimos um percentual de 27,85% do total da dívida títulos corrigidos por taxa flutuante (Selic). Esse é o número mais baixo da série iniciada em 1997”, enfatizou Garrido.

Por outro lado, o coordenador ressaltou que a participação de títulos prefixados aumentou de 34% para 36,8% e a parcela atrelada à índice de preços passou de 29,9% para 31,3%. “Também representa os valores mais elevados para essa composição de títulos prefixados e índices de preços desde 1997”, disse Garrido.

Ele acrescentou até o final de dezembro, a estimativa é de que a composição da DPF fique dentro das bandas estabelecidas no Plano Anual de financiamento da Dívida (PAF), ou seja entre 22% e 26% atrelados à taxas flutuantes. “Vamos continuar a observar números mais positivos em relação à composição”.

Garrido adiantou que para o fim do mês de março a DPF terá vencimento de aproximadamente R$ 28 bilhões de LTF, o que deve garantir mais uma queda no volume percentual de 27,8% para a casa dos 26% da dívida indexada à taxa Selic, ou seja, mais próximo da banda do PAF estabelecida para dezembro.

Ele alertou, no entanto, que ao longo do ano devem ocorrer oscilações, como, por exemplo, no mês de julho, quando há uma concentração de vencimentos de títulos prefixados. “O número piora um pouco no mês de julho e retoma a trajetória de melhoria até o final do ano”.

Detentores – No que se refere a distribuição dos títulos entre os detentores da DPF Garrido disse que, ao final de fevereiro, o Tesouro não observou grandes modificações na comparação com o mês anterior.

“A parcela da dívida nas mãos dos não residentes teve uma ligeira queda, de 11,92% para 11,88%. No entanto, o volume absoluto aumentou de R$ 205 bilhões para R$ 209 bilhões”. Ele explicou que se mantém a tendência de aumento gradual no volume e alterações no percentual em função das variações do estoque da dívida.

Vencimento – O percentual da dívida vencendo em 12 meses apresentou ligeiro aumento, passando de 22,38% em janeiro para 22,70% em fevereiro, dentro das bandas do PAF (22% a 26%) Já o prazo médio da DPF passou para 3,78 anos em janeiro para 3,83 anos em fevereiro. Esse prazo também é o maior da série histórica, que teve início em 2005.

“A dívida pública, além de ter chegado ao final de fevereiro com a melhor composição desde 1997 também tem o maior prazo médio da série”, ressaltou Fernando Garrido.

O custo médio da DPF no acumulado em 12 meses caiu 0,24 ponto percentual, passando de 12,44% a.a. em janeiro para 12,20% a.a. em fevereiro. A redução, conforme é devida aos menores números da inflação. “Com a tendência de queda inflação e da taxa Selic,o custo médio da dívida continuará caindo nos próximos meses”, prevê o coordenador.

Tesouro Direto – Entre janeiro e fevereiro, o Tesouro Direto cadastrou 10,9 mil novos investidores, o que elevou o total de cadastrados para 287,2 mil, o que representa um incremento de 27,34% nos últimos doze meses. Em fevereiro, as emissões do TD somaram R$ 286 milhões.

O coordenador da Dívida lembrou que em janeiro, TD atingiu o recorde de 6,4 mil novos investidores e atingiu o recorde de emissões desde 2002, início da série, com volume de emissões de R$ 616 milhões.

“Foi o maior volume emitido desde o começo do programa”, reforçou Garrido. Ele atribuiu a diferença do volume emitido de títulos do TD entre janeiro e fevereiro a um movimento natural de rolagem dos títulos por parte dos investidores. O estoque final do Tesouro Direto ao final do mês de fevereiro totalizou R$ 7,82 bilhões.

Fonte: Ministério da Fazenda

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