Em sua primeira reunião do ano, no dia 2 de fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa Selic, taxa básica de juros, de 9,25% para 10,75%.
Em seu oitavo aumento consecutivo a taxa alcançou os dois dígitos, que não eram atingidos há cinco anos, e a elevação prejudica diretamente investimentos, a poupança e também financiamentos imobiliários.
De acordo com Alberto Ajzental, coordenador do curso de Desenvolvimento de Negócios Imobiliários da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), em entrevista à Istoé Dinheiro, cada variação de 2,5 pontos percentuais (p.p.) da Selic gera aumento de 1 p.p. no Custo Efetivo Total (CET), o que afeta a contratação do financiamento imobiliário por aproximadamente 1 milhão de famílias.
Fora o aumento da Selic,o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) também foi reajustado, com elevação de 0,64% em janeiro, elevando o valor dos imóveis, prejudicando a situação de compra.
O financiamento imobiliário é a aposta de milhares de famílias do país, que dependem dessa facilidade para adquirir o impovel próprio e sair do aluguel, que com os reajustes do IGP-M tem pesado bastante no bolso do brasileiro, incentivando a compra da casa ou apartamento tão sonhado.