O governo deve anunciar na próxima terça-feira (3/4) medidas para aquecer a economia e ajudar a indústria diante da crise econômica internacional.
A informação foi passada por parlamentares que participaram hoje (28/3) de um encontro de líderes da base aliada do governo na Câmara dos Deputados com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Uma das medidas aguardadas é a que trata da desoneração da folha de pagamento.
Na semana passada, em reunião com a presidente Dilma Rousseff e ministros, no Palácio do Planalto, cerca de 30 empresários receberam a garantia do governo de que continuará agindo no sentido de reduzir os juros e proteger o real ante a desvalorização do dólar.
Na ocasião, Mantega também garantiu aos empresários que serão adotadas medidas para reduzir o custo financeiro e ampliar a desoneração da folha de pagamento.
O ministro também esteve reunido com empresário de diversos setores (têxtil, moveleiro, de autopeças e aeroespacial) para discutir medidas de desoneração durante o mês de março.
Para conceder os benefícios, o governo quer, em contrapartida, que os empregos no setor sejam mantidos.
No caso da desoneração da folha, o acordo é que a alíquota do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) seja reduzida de 20% para zero, e o empresariado opte pelo recolhimento de algo como 1% no faturamento. Até agora, alguns setores aceitavam 1,5%.
Segundo o deputado Hugo Leal (PSC-RJ), vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Mantega deve definir as medidas até o próximo final de semana.
"O ministro da Fazenda disse que a ampliação da capacidade de endividamento ou de investimento da indústria é fundamental. Falou da desoneração da folha que pode ser ampliada", disse.
O deputado Jovair Arantes, líder do PTB, lembrou que o Brasil não é uma ilha e faz parte de um mundo que enfrenta sérios problemas econômicos com reflexos no mercado nacional.
"O Brasil é um mercado consumidor forte. Acaba enfrentando vários problemas porque outros países tentam burlar as regras e colocar produtos aqui causando problemas", destacou.
Fonte: Brasil Econômico