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FGTS: nova saque deve ser destinado para dívidas e consumo básico, dizem economistas

Economistas avaliam que novo saque de R$ 1.000 do FGTS vai ajudar as famílias assalariadas a desafogar as dívidas, mas poder aquisitivo ainda deve permanecer afetado.

21/03/2022 16:00

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FGTS: nova saque deve ser destinado para dívidas e consumo básico

FGTS: nova saque deve ser destinado para dívidas e consumo básico, dizem economistas Pexels/Portal Contábeis

Na última quinta-feira (17), o governo federal anunciou a liberação de um novo saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no valor de  R$ 1.000 para movimentar a economia do Brasil. 

Com a medida, a Associação Brasileira de Varejo (ABV) já estima um crescimento de 15% nas vendas, índice parecido com o das festas de final de ano.

Mas especialistas alertam que ir às compras com esse dinheiro não é a melhor opção para usá-lo. A previsão também aponta que o consumidor deve priorizar os produtos básicos e o pagamento de dívidas. 

De acordo com o presidente da ABV, Luiz Gustavo Santos e Silva, a medida deve aliviar a situação dos comerciantes diante da frequente elevação da taxa Selic. Entretanto, é esperado um aumento nas vendas de itens de uso essencial.

“Temos que nos atentar para a inflação sobre produtos básicos, como aconteceu na liberação das primeiras parcelas do auxílio emergencial. Supermercados serão os estabelecimentos mais procurados. A pandemia do Covid- 19 desempregou, em média, 377 brasileiros por hora no Brasil, deixando milhares de famílias passando necessidade extrema. Primeiro o brasileiro precisa suprir as necessidades básicas, para posteriormente conseguir a recolocação profissional”; explicou.

Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que a arrecadação deve chegar a R$ 27.400 bilhões destinados a: 

comércio 36%;serviços 34%;quitação de dívidas 24%;6% para a poupança. 

O economista da CNC, Fábio Bentes,explicou que o comportamento do consumidor foi afetado pelo comprometimento da inflação e juros.

“O grau de endividamento, sem expectativa de aumentos, teria movimentação no comércio. Mas em um cenário desses, as famílias percebem que se encontram mais apertadas e tendem a segurar um pouco no consumo;” destacou, Bentes.

Para o economista e professor da IBMEC, Gilberto Braga, o saque do fundo de garantia deve moderar as dívidas acumuladas por conta dos reajustes nos preços, sentido com mais intensidade no bolso do assalariado. 

Além de ajudar no equilíbrio orçamentário das famílias brasileiras, mas o poder aquisitivo ainda ficará afetado, com exceção do consumo básico.

“As pessoas estão muito endividadas. Estamos com uma inflação de mais de 10% acumulada (anual), há mais de seis meses. Essa inflação persistente e ataca, sobretudo, quem tem menos condições de se defender, que é o assalariado. Quem presta serviço, quem produz, quem fabrica, acaba que repassa o aumento de custo inflacionários dos seus preços. Mas o assalariado, quando tem reajuste, é uma vez a cada doze meses. Então, de fato, vai para pagamento de dívida e para consumo básico. Essa é a expectativa que se tem;” completou o economista.

Fonte: com informações da CNN

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