O dólar finalmente começou a recuar após um longo período de valorização e demonstrou queda de 14,55% no primeiro trimestre de 2022.
A moeda norte-americana, que chegou a alcançar R$5,90 (maio de 2020), apresentou a maior desvalorização em quase 13 anos, em comparação à moeda brasileira, no período analisado.
O dólar encerrou o mês de março valendo R$4,76, com queda de 7,63% ao mês, maior perda mensal desde outubro de 2018.
Na sexta-feira (1º), a moeda caiu ainda mais e fechou o primeiro dia de abril a R$4,6668, acumulando no ano baixa de 16,29% frente ao real.
Embora ainda demonstre um valor alto, o recuo trimestral é o mais intenso desde junho de 2009.
Nesta segunda-feira (4), a moeda norte-americana continua operando em queda apesar do dia ser marcado por novas sanções contra a Rússia no mercado externo e mesmo com a cautela brasileira em consequência da greve dos servidores do Banco Central (BC).
Recuo do dólar frente ao real
Em 2022, o recuo do dólar frente à moeda brasileira tem sido favorecido pela disparada nos valores das commodities e juros elevados no Brasil, possuindo atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, perdendo apenas para a Rússia.
Outro fator que impacta na queda do câmbio é o maior fluxo de capital estrangeiro para o Brasil, devido ao diferencial de juros com outros países e a possibilidade de um novo aumento da taxa Selic em breve.
A Selic em alta aumenta ainda mais os juros, tornando a moeda local mais interessante para investidores que apostam em ativos mais arriscados.