Desde o começo da pandemia, em março de 2020, até fevereiro deste ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice que mede a inflação do país, acumula alta de 16,3%, pesando no bolso do consumidor brasileiro que vem enfrentando o desemprego e a crise econômica.
Os dados são de um levantamento feito pelo CNN Brasil Business, que revelou um aumento significativo de centenas de produtos e serviços básicos necessários para o cotidiano da população, deixando a vida muito mais cara.
Entre os itens que sofreram maior alta nos preços estão os alimentos, combustíveis, conta de energia, materiais de construção e veículos, com altas superiores a 20% nesses dois anos.
A economista e professora do Insper, Juliana Inhasz, em entrevista à CNN, afirmou: “Em uma situação normal, a inflação pode subir 5% ou 6%, sempre com alguns preços aumentando mais do que isso e, outros, menos, de maneira que uma coisa vai compensando a outra para o consumidor. Mas não foi o que vimos dessa vez. Quase tudo subiu, e subiu muito”.
Dos 375 produtos e serviços que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acompanha mensalmente para chegar à variação média do IPCA, só 22 não foram reajustados ou tiveram queda de preço desde que a pandemia chegou.
Essa fatia representa menos de 6% do total. Na outra ponta, 242 tiveram aumentos superiores a 10%, ou 64% de tudo o que os consumidores brasileiros possam ter interesse ou necessidade de comprar.
Aumento dos alimentos
Os alimentos foram os produtos que mais pesaram no bolso do brasileiro, em primeiro lugar. Fazer as compras do supermercado ficou em média 31,5% mais caro desde o começo de 2020, de acordo com os dados de alimentação em domicílio do IPCA.
Das 50 maiores altas do período, 42 são alimentos. As frutas, em média, estão 36,7% mais caras, as carnes subiram 40,7%, o frango 41,8%, as folhas e verduras 53% e, os legumes, 60,7%.
Com informações CNN Business