A dívida pública do Brasil subiu 27,2% entre 2019 e 2021, atingindo 82% no fim do período de agravamento da pandemia de Covid-19 no país.
Embora tenha acontecido o crescimento da dívida, o país ainda ficou abaixo da média dos países emergentes, que chegou a 37,8% no período analisado.
Ainda assim, o relatório realizado pela gestora Janus Henderson Group mostra que o Brasil tem hoje uma das maiores proporções dívida/PIB neste grupo de países, atrás apenas da Argentina.
“A pandemia teve um enorme impacto sobre os empréstimos do governo – e as consequências estão destinadas a continuar por algum tempo ainda. Na América Latina, muitos governos responderam à crise sanitária com políticas fiscais ambiciosas para apoiar suas populações e economias” aponta a gerente de carteira de títulos globais da gestora, Bethany Payne.
Ela ainda explica que essas atitudes podem gerar, em alguns países, desafios para a dinâmica da dívida pública dos próximos anos.
A pesquisa revelou também que os países emergentes apostaram em abordagens diferentes durante o período. A Colômbia e o Chile intensificaram os seus endividamentos soberanos em 46,2% e 42,7%, já o México teve um aumento mais moderado, de apenas 13,8%, sendo o menor do grupo.
Entre 2019 e 2021, o relatório destaca que os países desenvolvidos tiveram um salto em suas dívidas de 25,3%. O relatório destaca, no entanto, que os custos do serviço da dívida em países emergentes são muito mais caros do que na fatia mais rica do mundo.
“Os custos do serviço da dívida também são três vezes maiores por dólar emprestado do que a média global, de modo que esses países têm menor capacidade de arcar com os altos níveis de dívida vistos em outros lugares”, aponta o documento.
Com informações CNN Business