A greve dos servidores do Banco Central (BC), que teve início no dia primeiro de abril deste ano, segue prejudicando o mercado financeiro com a falta de publicação de indicadores e projeções financeiras.
O mercado encontra-se no escuro com o “apagão de dados”, que já afetou alguns relatórios, e especialistas estão em alerta devido à proximidade da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), previsto para o começo de maio.
Com a greve, não só o anúncio da decisão do comitê pode ser prejudicado, mas a falta de métricas podem trazer prejuízo à decisão do Copom, responsável por avaliar o cenário financeiro interno e externo e decidir a taxa Selic, principal ferramenta do BC para o combate da inflação.
As decisões do Copom são embasadas em um conjunto de apresentações técnicas do corpo funcional do BC, que tratam da evolução e das perspectivas da economia brasileira e mundial, das condições de liquidez e do comportamento dos mercados. Sem o acesso aos dados, o Copom pode ter dificuldade em decidir a taxa Selic.
Os servidores estão paralisados solicitando o reajuste salarial de 26,6% e a reestruturação das carreiras internamente.
Nova reunião sobre a greve
O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) anunciou que nesta segunda-feira (11) haverá uma nova reunião entre os representantes sindicais e o presidente do BC, Roberto Campos Neto.
O encontro deve buscar chegar em uma negociação para o fim da greve, mas o BC não confirmou o encontro. Procurado, o BC disse à CNN que não vai comentar sobre o assunto neste momento.
Com informações CNN Business