O mês de abril de 2022 registrou 61,94 milhões de brasileiros inadimplentes no período, revelando que quatro em cada dez pessoas estavam com contas pendentes em bancos e instituições financeiras.
Segundo pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o número aumentou 6% no mês passado em comparação ao mesmo período em 2021.
Apesar da alta, o total de inadimplentes não atingiu seu maior patamar neste ano. Segundo o acompanhamento da série do SPC Brasil, iniciada em janeiro de 2015, em 2018 a quantidade de brasileiros com contas atrasadas atingiu recorde de 63,08 milhões.
Mesmo com novos recursos liberados para a população com a intenção de movimentar a economia, como antecipação do 13º salário do INSS para aposentados e pensionistas, saque-extraordinário do FGTS e outros, o número segue em alta e preocupa especialistas da pesquisa.
No ano passado, os juros básicos da economia atingiram seu mínimo histórico, com 2% ao ano. Já em 2022, os mesmos juros estão em 12,75%, encarecendo os produtos e o crédito, prejudicando o acerto das contas.
O levantamento mostrou também que metade dos inadimplentes atuais têm dívidas atrasadas entre três meses e um ano.