Subiu mais um degrau a disputa entre o governo federal e os Estados sobre a cobrança do ICMS dos combustíveis.
O presidente Jair Bolsonaro e o advogado-geral da União, Bruno Bianco, apresentaram o pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar validar a proposta: alterar a regulamentação do ICMS único do diesel.
A proposta foi apresentada semana passada ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) pelo Ministério da Economia.
Pela sugestão levada ao Confaz na quinta-feira (19), o governo quer que seja aplicada a norma de transição prevista na lei que alterou as regras de cobrança do tributo sobre o combustível, sancionada no mês de março.
A lei determina que os Estados usem a média móvel dos preços médios ao consumidor nos 60 meses anteriores à fixação da incidência.
Ao STF, a Advocacia-Geral da União (AGU) diz ser necessário efetivar essa norma.
Em resposta, o Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda (Comsefaz) enviou na sexta-feira (20) o ofício pedindo que o ministro da economia, Paulo Guedes, encaminhe à Corte "imediatamente" uma solicitação para o tribunal não deliberar sobre o novo pedido de Bolsonaro sem a oitava formal do Confaz.
Na solicitação ao Supremo, a AGU afirmou que o Confaz não avançou em uma formulação nova, mesmo depois da decisão do ministro do STF, André Mendonça, por isso, manteve o “estado de inércia” quanto ao que foi estabelecido pela lei complementar que alterou as regras.
A AGU e Bolsonaro alegam na manifestação que o Confaz resiste em observar os comandos definidos pelo Congresso, como é o caso da norma de transição.
Eles ainda dizem que o descumprimento das normas passa ainda por uma “contumaz omissão na efetivação da transparência acerca da tributação dos combustíveis”.
Com informações do Estadão