A inflação não é só um pesadelo dos brasileiros em 2022. A Argentina vem sofrendo do mesmo mal e buscando alternativas para ajudar a melhorar a qualidade de vida dos seus cidadãos.
Diante disso, o país anunciou uma redução do imposto sobre os salários médios para adequá-lo aos reajustes salariais que ocorreram este ano em linha com a inflação alta que assola o país e pode ultrapassar 60% este ano.
A medida, exigida por sindicatos, gerou dúvidas no governo porque implica em uma arrecadação de impostos menor em um momento em que o país deve passar pela revisão de um acordo com o Fundo Monetário Internacional para a reestruturação de uma dívida de US$ 44 bilhões.
O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, durante o anúncio, disse que 1,2 milhão de trabalhadores deixarão de pagar o imposto em comparação a 2019.
“Todo o esquema de políticas econômicas que realizamos é um esquema que transforma realidades (…) para que a Argentina continue no caminho da recuperação e da melhoria da capacidade de arrecadação”, acrescentou a autoridade.
A mudança no Imposto de Renda isentará do pagamento os funcionários que ganham até 280.792 pesos por mês (US$ 2.348, pelo câmbio oficial e R$ 11.139), que no último ano tiveram reajustes salariais em linha com a inflação e, portanto, pagavam um imposto mais alto, apesar de terem um poder de compra igual ou até menor.
Fonte: com informações da Reuters