O Sistema Valores a Receber (SVR), do Banco Central (BC), que permitia a retirada de quantias “esquecidas” em bancos pelos brasileiros, está com o cronograma atrasado em mais de um mês, e segundo o órgão, não há previsão para retomada do projeto.
A segunda fase do sistema deveria começar no dia de 2 de maio, depois de uma pequena pausa após a primeira bem sucedida, mas segundo a autarquia, devido à greve dos servidores da instituição, não será possível cumprir o planejamento divulgado.
"A greve dos servidores do BC prejudicou o cronograma de desenvolvimento das melhorias do Sistema de Valores a Receber . O prazo de retorno do SVR, inicialmente previsto para 2 de maio, será adiado. A nova data será comunicada com a devida antecedência", informou o BC no começo de maio. Até o momento, não houve outro pronunciamento.
Os servidores começaram a paralisação em março, solicitando reajuste salarial de 26% e um novo programa interno de carreiras para os funcionários. Com a greve, vários boletins e informativos foram afetados.
Neste novo momento, o SVR permitiria a consulta e saque de aproximadamente R$4,1 bilhões “esquecidos” em diversas instituições financeiras, além de quantias que não foram resgatadas na primeira fase.
Além de contas que possuíam saldos parados, na segunda fase poderão ser sacadas tarifas, parcelas e obrigações relativas às operações de crédito que foram cobradas indevidamente. Também entrarão neste momento o resgate de contas em corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários, encerradas, com valores disponíveis.
Outra novidade é que o agendamento dos saques não serão mais necessários, sendo possível solicitar o resgate dos recursos logo na primeira consulta.
Quando o SVR for retomado, o BC indica que os brasileiros façam mais de uma consulta, pois podem ser descobertos novos valores a qualquer momento e que há muito a ser recuperado com o sistema.