Segundo um levantamento feito pelo Procon-SP, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica subiu 6,38% de março para abril na cidade de São Paulo.]
No fim de março, o preço médio da cesta era de R$ 1.137,20. Já em abril, subiu para R$ 1.209,71. Com isso, os produtos básicos comprometem quase toda a renda de quem recebe um salário mínimo, hoje em R$ 1.212.
O levantamento constatou que dos 39 produtos pesquisados, 36 apresentaram alta, dois tiveram redução no preço e um permaneceu estável.
Veja abaixo os produtos e os motivos:
Maiores altas
- Batata (quilo) - A batata teve a maior variação mensal, de 23,46%. Segundo o levantamento, a colheita foi prejudicada nas regiões produtoras por causa das chuvas, o que diminuiu a oferta do produto no mercado.
- Sabonete (90 gramas) - Variação de 13,23%.
- Leite UHT (litro) - A variação de 13,19% se deu no período entressafra, com a menor oferta de leite no campo por causa dos custos de produção, como medicamentos, adubos e grãos, e a disputa por matéria-prima também elevou o valor.
- Papel higiênico (4 unidades) 12,38%
- Frango (quilo) - A variação de 11,89% aconteceu pela maior demanda do frango por países produtores, como os Estados Unidos, em consequência dos casos de gripe aviária. A interrupção da produção na Ucrânia, que é um grande produtor mundial da proteína, também fez com que o frango brasileiro fosse mais exportado.
Maiores quedas
- Salsicha (avulsa) - A retração de 5% aconteceu porque a carne suína, que é o principal componente da salsicha, teve um ritmo mais lento nos negócios durante a primeira quinzena de abril, que se refletiu nas gôndolas do supermercado.
- Pasta de dente (90 gramas) - 0,29%
Estável
- Cebola - Os preços da cebola se mantiveram estáveis, diz o estudo, por causa da qualidade similar entre a cebola nacional e a argentina. No fim do mês, o estoque e a importação de cebola diminíram, mas esse gargalo logístico não chegou a se refletir nas prateleiras no período de aferição
Fonte: com informações do Estadão