Cresceu o número de brasileiros com contas e dívidas atrasadas no país. Em maio deste ano, o índice de inadimplência chegou a atingir 28,7% das famílias do país. No mesmo período do ano anterior, no auge da pandemia, o indicador registrou 24,3%.
De acordo com as informações da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada nesta terça-feira (7), a parcela de inadimplentes teve sua oitava alta consecutiva, que vem sofrendo aumentos desde outubro de 2021.
A quantidade de brasileiros com contas pendentes em maio foi a segunda maior já vista pela pesquisa, iniciada em 2010, ficando atrás apenas da observada em janeiro daquele ano (29,1%).
Considerando as famílias endividadas, que são aquelas que possuem dívidas (considerando as que estão inadimplentes e as que não estão), o número apresentou uma pequena queda em maio, marcando 77,4%, contra os 77,7% de abril deste ano.
A pesquisa também levantou que houve queda no número de brasileiros que não terão condições de arcar com as dívidas, passando de 10,9% em abril para 10,8% em maio. Apesar da pequena redução, o número ainda é mais alto que no mesmo período de 2021 (10,5%).
Analisando os tipos de dívidas, o cartão de crédito continua sendo o vilão do bolso da população, sendo responsável por 88,5% das dívidas.
Ainda de acordo com a CNC, a renda familiar comprometida com as dívidas chegou a 30,4% em maio, o maior percentual desde agosto do ano passado (também 30,4%).
O tempo médio necessário para acertar as contas atrasadas também teve redução, baixando de 62,1 dias em abril para 61,7 dias em maio, também acima do registrado em maio de 2021 (61 dias).