O dinheiro da Restituição do Imposto de Renda caiu na conta. O que é melhor? Pagar as dívidas ou investir esse dinheiro? Essa deve ser a pergunta de milhões de pessoas – sete em cada dez brasileiros estão endividados, segundo o último balanço da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), referente ao ano de 2021. Será que vale a pena pagar as dívidas, antecipar as parcelas de financiamentos?
De acordo com o educador financeiro o CEO da Prezzo Contabilidade e da Mais Finanças Educação Financeira, Paulo Oliveira, não há uma resposta padrão, dependerá de cada caso. Se o brasileiro estiver inadimplente, o melhor é negociar as dívidas, principalmente se for com cartão de crédito, cujos juros aumentam exponencialmente. Mas se as dívidas estão negociadas e as parcelas pagas em dia, vale a pena criar uma reserva para emergências para não ter que recorrer aos bancos gerando mais dívidas, principalmente nesta época de taxa Selic alta.
“Se o carro quebrar, algo inesperado acontecer, é preciso ter um dinheiro para resolver o problema. Contrair novas dívidas com juros altos dos bancos não é recomendado”, explica Paulo.
Nesse caso, o pulo do gato é como guardar o dinheiro. “Não deixe o dinheiro parado na conta corrente. O ideal é guardar esse dinheiro em aplicações onde possa ser resgatado no mesmo dia, em caso de uma emergência. Para isso, existem vários tipos de aplicações financeiras disponíveis, com bons rendimentos e resgate imediato”, observa o educador financeiro.
Longo Prazo
E se a pessoa está conseguindo pagar as parcelas negociadas e já dispõe de uma reserva de dinheiro em aplicações de curto prazo, pode reservar uma parte do recurso do IR para investir em aplicações com rendimentos com mais risco? A resposta é depende.
“O ideal é aproveitar as oportunidades com dinheiro à mão. Se a pessoa é indisciplinada financeiramente, é daquela que gasta todo dinheiro no bolso, o melhor é investir logo, antes que gaste.”, aconselha o educador, que tem um canal de educação financeira, chamado Mais que Finanças, com mais de 3,5 milhões de visualizações e perto de 70 mil inscritos no Youtube. “
Paulo ainda acrescenta: “Faça uma análise não somente do ponto de vista financeiro e matemático para verificar o que vale mais a pena. É importante considerar que os bancos não tiram certas taxas na antecipação de parcelas de financiamento. É preciso fazer as contas, sempre, para decidir o que é mais viável. Porém é importante também que se alinhe os anseios e objetivos familiares e se preserve a liquidez financeira familiar, não zerando todas as reservas para pagar dívidas. Para isso, busque profissionais da área para auxiliar a fazer as melhores escolhas diante do cenário”, orienta o especialista.
Fonte: Assessoria de imprensa/Paulo Oliveira