A segunda fase do Sistema Valores a Receber (SVR), que permite consultar o dinheiro esquecido nos bancos, estava prevista para o dia 2 de maio, mas ainda segue sem previsão para início.
A retomada do sistema foi adiada por conta da greve de servidores do Banco Central (BC), que atrasou a implementação da ferramenta.
"As consultas ao Sistema de Valores a Receber estão temporariamente suspensas para aprimoramento", informou o BC em comunicado.
A paralisação dos servidores, no entanto, terminou há 40 dias e o BC ainda não anunciou a retomada das consultas.
Dinheiro esquecido nos bancos
A instituição estima que há cerca de R$ 8 bilhões em valores esquecidos, mas na primeira fase do serviço ficaram disponíveis cerca de R$ 4 bilhões para devolução.
Os valores a receber podem ser de recursos remanescentes de:
- contas-correntes ou de poupança encerradas, com saldo disponível;
- tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o BC;
- cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito;
- recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.
Primeira fase
No dia 16 de abril, o BC encerrou a última repescagem para os saques da primeira fase dos recursos esquecidos por brasileiros nos bancos. O valor é referente aos valores da primeira fase do programa.
Até 24 de março, 2,85 milhões pessoas físicas e jurídicas solicitaram resgate de seus valores a receber, totalizando R$ 245,8 milhões.
Entre as pessoas físicas que pediram a devolução, 2.516.990 solicitaram transferência via Pix, totalizando R$ 205.099.139,18, enquanto 328.947 preferiram receber os dados de contato das instituições financeiras, somando R$ 34.370.940,12.
Entre as pessoas jurídicas, 5.113 solicitaram a devolução dos valores via Pix (R$ 5.012.975,84) e 1.059 receberam dados de contato (R$ 1.326.419,82).
Segunda fase
Desde o dia 17 de abril, o sistema Valores a Receber passa por uma reformulação. Confira, abaixo, algumas das mudanças para o segundo ciclo:
- Não haverá mais necessidade de agendamento. Será possível pedir o resgate dos recursos no momento da primeira consulta;
- O sistema contará com informações novas repassadas pelas instituições financeiras.
Ou seja, mesmo quem já resgatou seus recursos e quem não tinha valores a receber na primeira etapa deve consultar novamente o sistema, pois os dados serão atualizados e pode haver recurso.
Com informações do G1