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REFORMA TRIBUTÁRIA

Guedes diz que reforma tributária é a mais importante a ser feita pelo governo

Segundo o ministro da economia, a proposta já foi aprovada pela Câmara, mas está parada no Senado.

20/09/2022 16:00

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Guedes: reforma tributária é a mais importante a ser feita pelo governo

Guedes diz que reforma tributária é a mais importante a ser feita pelo governo Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Na última segunda-feira (19), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou em entrevista a uma rádio, que a reforma tributária é a mais importante para o governo.

Guedes foi perguntado também sobre qual privatização seria a prioritária em um possível segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas não respondeu sobre.

“Você pergunta qual a mais importante, eu considero a tributária. Nós estamos tentando uma reforma tributária em parte, porque reduzimos impostos sobre combustíveis, sobre telecomunicações, sobre transportes, sobre o setor elétrico, que são impostos indireto”, afirmou o ministro.

O ministro da economia completou ainda que os impostos sobre a folha de pagamento são “armas de destruição em massa de empregos”. O ministro atribui a alta carga tributária trabalhista a existência dos 38 milhões de invisíveis durante a pandemia, que levaram o governo a criar o auxílio emergencial.

“Eram pessoas que vendiam coisas nos sinais, vendiam garrafas de água nos jogos de futebol e, de repente, essas atividades acabaram e surgiram 38 milhões de invisíveis brasileiros, que trabalham, acordam cedo. Esses impostos perversos nós temos que eliminar”, destacou Guedes.

Guedes finalizou reafirmando que o Brasil tem uma dinâmica própria de crescimento e, mesmo que a economia global enfrente uma recessão no ano que vem, o país não deve ser afetado.

“Nós temos condições de crescer 3% de novo, daí pra frente, em dois, três, quatro ou cinco anos, tranquilamente, se nós seguirmos com a nossa agenda de transição para uma economia de mercado de consumo de massa”, disse o ministro.

Banco Central

Para Guedes, o Banco Central errou ao falar “o tempo inteiro” no ano passado que havia risco fiscal no país, argumentando que falhas da autoridade monetária teriam ocorrido por erros e não por militância.

Segundo o ministro, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, é muito competente, mas estava falando sobre o quadro fiscal “enquanto eu estava preocupado com o monetário”.

Em entrevista à Rádio Guaíba, Guedes também afirmou que o governo fará “a despedalada final” no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nesta semana, mencionando que o banco de fomento tem que devolver de 80 a 90 bilhões de reais ao Tesouro Nacional.

IPI

O ministro da economia voltou a afirmar também que um dos objetivos do governo é o de acabar com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Segundo ele, os impostos sobre a agroindústria também devem ser reduzidos. 

No entanto, Guedes não detalhou quais serão reduzidos e quando isso deve ocorrer.

Carteira verde e amarela

O ministro da economia voltou a defender a criação da carteira de trabalho verde e amarela, com redução de encargos para a contratação de trabalhadores. Essa proposta foi enviada ao Congresso e rejeitada pelos parlamentares.

“Nenhum governo transferiu mais recursos para os mais frágeis. Fizemos a maior redução de pobreza dos últimos 40 anos”, disse o ministro.

Críticas aos analistas do mercado financeiro

Guedes voltou a declarar que os analistas que têm errado as projeções para a economia brasileira também têm feito previsões catastróficas para o país em 2023.

“Nós mudamos a dinâmica de crescimento da economia brasileira. Com concessões e privatizações, já existe um novo eixo para a economia. Temos R$ 900 bilhões de investimentos contratados para os próximos dez anos”.

O ministro ainda insistiu que “quem previa recessão em 2022 já fez 10 revisões de crescimento do PIB para cima. Alguns militantes estão só fazendo a ‘rolagem da desgraça’ para 2023. Dependendo do resultado da eleição, pode ser que a desgraça dê certo”.

Reforma administrativa

O ministro da economia voltou a afirmar que o governo realizou uma reforma administrativa invisível, com 40 mil funcionários a menos e, sem a concessão de reajustes salariais para os servidores durante a pandemia.

Na avaliação dele, as mudanças no RH do Estado contam com “todo o apoio” do funcionalismo.

“Os servidores públicos no Brasil acumularam reajustes com aumento real de 50% nos últimos 17 anos. Pedimos para eles nos ajudarem sem a concessão de reajustes durante a pandemia já que estavam trabalhando em casa, no home office. A reforma administrativa tem todo o apoio do funcionalismo que conversa com a gente”, disse.

O ministro também voltou a declarar que a mudança na legislação tributária é a mais importante das reformas. Ele afirmou que a proposta tem competência para aumentar o potencial de crescimento da economia, com mais eficiência e tributando os mais ricos.

Devolução do BNDES ao Tesouro

Guedes voltou a cobrar que o BNDES faça uma devolução final, até o fim desta semana, de R$ 90 bilhões à União. Na agenda dele, constava ainda nesta terça-feira (20) uma reunião com o presidente da instituição, Gustavo Montezano, às 15h.

O ministro da economia tem dito publicamente que dos R$ 500 bilhões aportados pelos governos petistas no banco público, R$ 410 bilhões foram devolvidos e ainda faltam R$ 90 bilhões.

“Vamos usar esse dinheiro do BNDES para reduzir a dívida pública. Com a devolução final pelo BNDES, a relação entre a dívida pública e o PIB volta para um patamar de quando chegamos aqui”, disse o ministro.

Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo

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