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RODÍZIO DAS CONTAS

Rodízio das contas: 6 em cada 10 famílias endividadas escolhem priorizar contas mais urgentes

Estudo aponta que, entre os beneficiários do Auxílio Brasil, 60% pretendem usar os valores do programa de transferência de renda para quitar débitos.

17/11/2022 16:30

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Famílias endividadas aderem a “rodízio” para pagar contas

Rodízio das contas: 6 em cada 10 famílias endividadas escolhem priorizar contas mais urgentes Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Com quase 80% das famílias brasileiras endividadas, maior nível desde o início da série histórica, em 2010, como apontou a Confederação Nacional do Comércio (CNC), os débitos em atraso tiram o sono, privam o consumo das famílias e impõem mudanças no orçamento.

Para 60% dos brasileiros com dívidas em aberto, a saída nos últimos 12 meses foi aderir ao chamado “rodízio das contas”, que consiste em atrasar alguma cobrança para pagar outra mais urgente.

A análise consta de um estudo divulgado nesta quarta-feira (16) pelo Instituto Locomotiva e pela empresa de tecnologia do mercado financeiro MFN TI. A pesquisa ouviu 1.020 homens e mulheres em todo o país, entre os dias 19 e 28 de setembro.

O levantamento mostrou que, com o orçamento apertado, na hora de escolher o que pagar, as despesas básicas do lar tiveram que ser privilegiadas. Dentre as despesas estão:

  • Contas de luz, água e gás (58%);
  • Cartão de crédito (42%);
  • Supermercado (40%);
  • Aluguel (30%).

De acordo com a pesquisa, 56% dos inadimplentes têm dívidas abertas de cartão de crédito. Os débitos de empréstimos e financiamento com bancos e financeiras aparecem depois (40%), seguidos de dívidas do cheque especial (21%), contas de consumo como água e luz (20%), telefone celular (16%) e internet e TV a cabo (14%).

Além disso, para 60% dos negativados, a perda do empregado e a falta de planejamento do orçamento da família são os principais motivos para terem atrasado seus compromissos.

O estudo também apontou que, entre os beneficiários do Auxílio do Brasil e que estão endividados, 60% pretendem usar os valores do programa de transferência de renda para quitar débitos.

Sem perspectiva

A análise mostra ainda que, em relação ao ano passado, houve uma redução no percentual de inadimplentes que acreditam que conseguirão pagar suas dívidas: em 2021 eram 73%, e neste ano, 59%.

Enquanto isso, cresceu o número dos que acreditam que não será possível quitar o que devem, 5%.

Entre quem acredita que conseguirá honrar seus compromissos, 40% pretendem economizar em outras contas, reduzindo o consumo de determinados produtos e serviços (56%), buscando descontos (34%) ou renegociando as dívidas (31%).

Implicações na saúde

Além dos efeitos práticos do endividamento, como a redução no consumo e as necessidades de mudança no orçamento, o estudo investigou também os impactos subjetivos das dívidas, desde a saúde mental até o sono e o apetite.

  • 84% acreditam que as dívidas impactam negativamente seu estado emocional;
  • 82% na sua felicidade;
  • 83% na sua vida em geral;
  • 81% no seu sono;
  • 81% na sua autoestima;
  • 79% na sua vida profissional;
  • 77% na sua vida familiar;
  • 70% no convívio com amigos/vida pessoal;
  • 66% na sua vida amorosa;
  • 66% no seu apetite.

Com informações da Folha de Pernambuco

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